Costa apresenta Portugal como exemplo de tolerância e país de economia aberta
Depois de receber palmas, ao referir que é o primeiro chefe de Governo de origem indiana de um Estado-membro da União Europeia, António Costa falou principalmente sobre Portugal.
O primeiro-ministro, António Costa, apresentou neste domingo Portugal, perante representantes da diáspora indiana no mundo, como um país exemplar na tolerância religiosa, com infraestruturas de excelência e um modelo de economia competitiva e aberta ao investimento directo estrangeiro.
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O primeiro-ministro, António Costa, apresentou neste domingo Portugal, perante representantes da diáspora indiana no mundo, como um país exemplar na tolerância religiosa, com infraestruturas de excelência e um modelo de economia competitiva e aberta ao investimento directo estrangeiro.
António Costa assumiu esta posição no discurso que fez na sessão de abertura da convenção mundial da diáspora indiana, intitulada "Pravasi Bharatiya Divas", que decorre em Bangalore.
Perante uma plateia com milhares de delegados em representação de comunidades indianas espalhadas pelo mundo, o primeiro-ministro falou do seu pai, Orlando Costa, que saiu da Índia para permanecer em Portugal, "mas nunca esqueceu as suas raízes em Goa".
Depois de receber palmas, ao referir que é o primeiro chefe de Governo de origem indiana de um Estado-membro da União Europeia, António Costa falou principalmente sobre Portugal.
O governante disse que Portugal soube acolher elementos da diáspora indiana, os quais, na sua maioria, "têm sucesso nas áreas dos negócios, ou na liderança de câmaras municipais ou enquanto deputados da Assembleia da República".
O líder do executivo nacional salientou a existência de uma cultura de tolerância religiosa no país e dirigiu-se directamente aos representantes da diáspora indiana convidando-os a apostar em Portugal "para investir, estudar ou residir". "Posso assegurar-vos que Portugal é um país que receberá de braços abertos caso entendam ali investir, trabalhar ou viver. Portugal tem uma longa tradição de abertura ao investimento directo estrangeiro e o Governo português está em permanente acção para criar um melhor ambiente de negócios, colocando o investimento no centro da sua estratégia", defendeu o primeiro-ministro.
Na sua intervenção, o governante procurou também defender a tese de que "Portugal tem uma localização geográfica chave para acesso aos principais mercados mundiais", com "o mesmo fuso horário da Irlanda e Reino Unido e com Lisboa a possuir voos directos para 121 cidades".
"Portugal ocupa lugares cimeiros nos rankings sobre qualidade das suas infraestruturas, nas telecomunicações, tem uma mão-de-obra flexível e produtiva. Possui um regime fiscal especial para não residentes e uma população com conhecimentos para falar línguas estrangeiras", sustentou ainda.
Costa deixou ainda mais uma mensagem à plateia: "Espero que esta dinâmica da diáspora indiana contribua para estreitar os laços entre Portugal e Índia, favorecendo o desenvolvimento das duas nações", declarou.
Após a sessão, debaixo de um calor intenso, António Costa, acompanhado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, da Defesa, Azeredo Lopes, da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e pelo secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, visitou os stands da convenção.