Da pontaria de Dost à lesão de Adrien e ao sofrimento desnecessário

Sporting" venceu o Feirense, em Alvalade, por 2-1, igualou o Sp. Braga na terceira posição e aproximou-se do FC Porto.

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LUSA/MÁRIO CRUZ

A Taça da Liga deixou marcas no Sporting para além da eliminação. Tirou Jorge Jesus do banco com um castigo (uma situação recorrente), mas também deixou a sensação de que algo tinha de mudar numa equipa que estava com dificuldades em marcar golos. E nesse sentido mudou. O Sporting marcou cedo e marcou os golos suficientes para derrotar o Feirense por 2-1, na 16.ª jornada da Liga, para apanhar o Sp. Braga no terceiro lugar (ambos têm 33 pontos), para ganhar terreno ao FC Porto (está a dois pontos) e não perder mais para o Benfica (está a oito). Mas não foi uma tranquilidade do primeiro ao último minuto. E isso já se viu várias vezes nesta época.

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A Taça da Liga deixou marcas no Sporting para além da eliminação. Tirou Jorge Jesus do banco com um castigo (uma situação recorrente), mas também deixou a sensação de que algo tinha de mudar numa equipa que estava com dificuldades em marcar golos. E nesse sentido mudou. O Sporting marcou cedo e marcou os golos suficientes para derrotar o Feirense por 2-1, na 16.ª jornada da Liga, para apanhar o Sp. Braga no terceiro lugar (ambos têm 33 pontos), para ganhar terreno ao FC Porto (está a dois pontos) e não perder mais para o Benfica (está a oito). Mas não foi uma tranquilidade do primeiro ao último minuto. E isso já se viu várias vezes nesta época.

Em relação ao seu plano habitual (que não era o do Bonfim), Jesus fez várias mudanças. Voltou a colocar Bruno César no lado esquerdo da defesa e, mais uma vez, Alan Ruiz voltou a ser o parceiro do ataque de Bas Dost, enquanto Paulo Oliveira ganhou o lugar a Douglas no centro da defesa. O resto, lesão de Rui Patrício à parte, era o Sporting de primeira linha, aquele que teria por missão fazer esquecer a exibição deprimente (e resultado condizente) do Bonfim, mostrar a dinâmica ofensiva que já mostrou em outras ocasiões e que tem faltado nos últimos tempos. Pela frente teria um Feirense com um treinador, Nuno Manta, que passou de interino a definitivo graças aos três bons resultados obtidos desde que ocupou o lugar de José Mota — um deles, um empate com o FC Porto.

O Sporting dos últimos tempos demorava a marcar golos e tinha dificuldades em criar perigo. Ora isso, não foi o que aconteceu neste domingo em Alvalade. O Feirense até ganhou um canto com 15 segundos de jogo, mas o Sporting não se enervou com isso e demonstrou um grau de eficácia raro nesta época. Logo aos 5’, Bruno César combina com Joel Campbell, o costa-riquenho avança pelo flanco e consegue fazer o cruzamento. A bola passa entre o guarda-redes e a defesa e chega a Bas Dost, que, tranquilamente, faz o 1-0.

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O holandês voltou a estar em destaque aos 17’, numa movimentação a fazer lembrar Slimani. Dost “esconde-se” nas costas do defesa, Alan Ruiz vê a movimentação e mete-lhe a bola na perfeição para o ponta-de-lança fazer o seu segundo no jogo e o 11.º no campeonato — já é o melhor marcador da Liga. Da bancada, Jesus via o que já não via há algum tempo no relvado. Dinâmica ofensiva e eficácia. E via Alan Ruiz a mostrar-se, talvez, como a melhor opção para ser o segundo avançado, talvez o maior problema deste Sporting.

Dois golos em 17 minutos não tem sido muito vulgar nos “leões” e tudo indicava que seria uma vitória tranquila, com mais golos — e podiam ter sido mais alguns. Mas, depois, o Sporting perdeu aquele jogador sem o qual muita coisa deixa de funcionar. Adrien Silva, o capitão, saiu lesionado após um choque com Aurélio, abandonando o relvado de maca, com um colete cervical e imediatamente encaminhado de ambulância para o Hospital de Santa Maria. Entrou Elias, que é o seu substituto natural na equipa, mas que pouco tem de Adrien.

O Sporting acomodou-se, recuou e sofreu, algo já visto nesta época e que já teve consequências — em Guimarães, por exemplo. E o Feirense, bem instruído pelo seu jovem treinador, foi em busca de algo mais. Aos 61’, Platiny, um brasileiro com nome de “estrela”, movimentou-se bem na área e, entre os centrais, aproveitou da melhor maneira um cruzamento de Cris para fazer o 2-1. O Sporting teve fases de grande intranquilidade na meia-hora que faltava, e recuou, sem no entanto ter comprometido demasiado. Elias ainda foi expulso e houve um livre que prometia levar perigo à baliza de Beto. Não levou e o Sporting respirou fundo.