Suspeitos de tortura transmitida em directo no Facebook foram detidos nos EUA
Grupo de quatro atacantes gritou frases contra Trump e "as pessoas brancas".
A polícia de Chicago deteve dois homens e duas mulheres suspeitos de raptarem e torturarem um rapaz, tendo transmitido parte do ataque em directo num vídeo no Facebook.
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A polícia de Chicago deteve dois homens e duas mulheres suspeitos de raptarem e torturarem um rapaz, tendo transmitido parte do ataque em directo num vídeo no Facebook.
O jovem atacado – com 18 anos e problemas mentais – é mostrado amordaçado num canto de uma divisão, enquanto é insultado e agredido. Um dos agressores usou uma faca para fazer pelo menos um corte na cabeça da vítima, que foi também obrigada a beber água de uma sanita.
No vídeo, os atacantes dizem frases contra Donald Trump e contra “as pessoas brancas”, e ameaçam matar a vítima. Os atacantes são quatro jovens negros, um dos quais conhecia o outro rapaz, que é branco.
Numa conferência de imprensa, o superintendente da polícia de Chicago classificou o vídeo como “doentio”, mas descartou motivações políticas. “Acho que parte disto é só estupidez, são pessoas a gritarem coisas que pensam que podem dar um título de jornal”.
Depois de parte do ataque ter sido transmitida em directo no Facebook, o vídeo acabou por ser partilhado no YouTube. Ao jornal The Guardian, o Facebook afirmou ter apagado o vídeo original. “Não deixamos pessoas celebrarem e glorificarem crimes no Facebook e por essa razão removemos o vídeo original. Em muitos casos, porém, as pessoas partilham este tipo de conteúdo para condenar a violência ou chamar a atenção. Nesse caso, o vídeo seria permitido.”
A vítima, cujo desaparecimento chegou a ser comunicado às autoridades, passou entre 24 e 48 horas com os suspeitos. A polícia encontrou o homem ensanguentado e desorientado na rua.