Hubble "fotografa" duas galáxias a mil milhões de anos-luz

Está a mil milhões de anos-luz de distância e é o resultado da fusão de duas galáxias. Aparência luminosa esconde o efeito destrutivo da mancha captada pelo telescópio espacial Hubble

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DR

Quando duas galáxias colidem transformam-se numa mancha brilhante no espaço profundo. A mil milhões de anos-luz de distância do planeta Terra, este objecto celestial é, na realidade, muito mais turbulento do que parece à primeira vista.

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Quando duas galáxias colidem transformam-se numa mancha brilhante no espaço profundo. A mil milhões de anos-luz de distância do planeta Terra, este objecto celestial é, na realidade, muito mais turbulento do que parece à primeira vista.

Conhecido como IRAS 14348-1447 (nome derivado do telescópio espacial responsável pela sua descoberta, o Satélite Astronómico Infravermelho ou IRAS), é uma combinação de galáxias espirais ricas em gás e a sua fotografia foi tirada pelo Hubble e destacada como foto da semana.

Esta dupla aproximou-se muito no passado. A gravidade teve um efeito destrutivo quando decidiu puxar uma galáxia ao encontro da outra, muito lentamente, até se fundirem num dos exemplos mais ricos em gás.

Nesta imagem captada pela Câmara Avançada para Pesquisas (ACS) do telescópio espacial Hubble, a mancha brilhante integra uma galáxia ultra luminosa infravermelha, uma classe de objectos cósmicos que brilham na parte infravermelha do espectro. Quase 95% da energia emitida pelas duas galáxias está no infravermelho distante.

A quantidade de gás molecular dentro desta fusão de galáxias alimenta a sua própria emissão e sofre uma série de processos dinâmicos enquanto interage e se move no espaço. Esses mesmos mecanismos são responsáveis pela aparência giratória e etérea do objecto, criando caudas e saliências proeminentes que se estendem para longe do corpo principal da galáxia.