Governo lembra que venda do Novo Banco não deverá custar dinheiro ao Estado

Banco de Portugal afirmou que a melhor proposta de compra poderá ter impacto nas contas públicas.

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O fundo americano Lone Star é o mais bem posicionado para a compra guilherme marques

Depois de o Banco de Portugal ter comunicado que o fundo americano Lone Star tem a melhor proposta para a compra do Novo Banco, mas que o negócio poderá vir a ter impacto negativo nas contas públicas, o Governo sentiu necessidade de vir lembrar que o processo não deverá trazer encargos para o Estado.

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Depois de o Banco de Portugal ter comunicado que o fundo americano Lone Star tem a melhor proposta para a compra do Novo Banco, mas que o negócio poderá vir a ter impacto negativo nas contas públicas, o Governo sentiu necessidade de vir lembrar que o processo não deverá trazer encargos para o Estado.

“O Governo sempre destacou que este processo de venda a investidores privados deve assegurar que não existirá impacto nas contas públicas ou encargos para os contribuintes”, refere um comunicado do Ministério das Finanças, enviado nesta quinta-feira. O comunicado afirma ainda que o Governo tomou nota “de que o Banco de Portugal considera que as propostas envolvem algumas condicionantes, mas que os potenciais investidores manifestaram desde já disponibilidade para aprofundar as negociações no sentido dessas condicionantes serem ultrapassadas”.

Esta quarta-feira à noite, um comunicado do Banco de Portugal adiantou que “a proposta do potencial investidor Lone Star é a que mais assegura estes objectivos [de estabilidade do Novo Banco e do sistema financeiro] mas apresenta condicionantes, nomeadamente um potencial impacto nas contas públicas, que se procurarão minimizar ou remover no aprofundamento das negociações que agora se inicia”.

O Lone Star está disponível para pagar 750 milhões ao Fundo de Resolução – que tem dinheiro dos vários bancos e injectou capital no Novo Banco – e fazer um aumento de capital imediato no mesmo valor. Mas pretende uma garantia de 2500 milhões de euros de activos do Estado.

Já numa entrevista ao DN e à TSF, o ministro das Finanças tinha descartado a possibilidade de encargos públicos: “Uma garantia de Estado para suportar um negócio privado e que ponha em risco dinheiro dos contribuintes é obviamente algo que nós não estamos a perspectivar neste negócio”, afirmou Mário Centeno.