Almada Negreiros, Philippe Parreno, Herb Ritts, Chafes: exposições para 2017
Em Lisboa, na Gulbenkian, o destaque vai para a antológica de uma figura de proa da modernidade artística em Portugal, Almada. No Porto, Serralves apresenta uma antológica da obra do francês Philippe Parreno. E Rui Chafes mostra novos trabalhos.
2017 promete ser um ano importante nas artes plásticas. Haverá Bienal de Veneza, a partir de 13 de Maio; mas também, e ao mesmo tempo, a Documenta de Kassel, importante exposição colectiva internacional que apenas tem lugar de cinco em cinco anos, e o Sculptur Project em Münster, o mais relevante evento de arte pública, que só se faz de dez em dez anos. A tudo isto, deverão acrescentar-se três ou quatro grandes feiras de arte internacionais, obrigatórias para coleccionadores e galeristas, incluindo os portugueses.
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2017 promete ser um ano importante nas artes plásticas. Haverá Bienal de Veneza, a partir de 13 de Maio; mas também, e ao mesmo tempo, a Documenta de Kassel, importante exposição colectiva internacional que apenas tem lugar de cinco em cinco anos, e o Sculptur Project em Münster, o mais relevante evento de arte pública, que só se faz de dez em dez anos. A tudo isto, deverão acrescentar-se três ou quatro grandes feiras de arte internacionais, obrigatórias para coleccionadores e galeristas, incluindo os portugueses.
Em Portugal também haverá muito de interessante para ver. O Museu de Serralves apresenta uma grande antológica da obra do francês Philippe Parreno, A time coloured space, com uma inauguração faseada a partir de 20 e abertura oficial a 3 de Fevereiro. Parreno (n. Orã, Argélia, 1964) incluirá nesta exposição obras desde 1990, nomeadamente as Speech bubbles, balões de hélio inspirados nas Silver Clouds de Andy Warhol. O artista ocupará toda o espaço do museu, na continuidade de outras individuais de artistas estrangeiros relevantes na cena artística internacional.
Em Lisboa, o destaque principal vai também para uma grande antológica, mas desta vez da obra de Almada Negreiros. Depois de Amadeu, que aqui teve a sua grande retrospectiva em 2006, chega a vez deste nome maior das artes que transcende o futurismo para se projectar até aos anos 70 como figura de proa da modernidade artística em Portugal. “José de Almada Negreiros: uma maneira de ser moderno” incluirá não apenas toda a obra plástica, mas também uma série de acontecimentos paralelos sobre a sua produção teatral, literária e musical - na Gulbenkian, de 3 de Fevereiro até 7 de Junho. Lisboa será ainda a capital Ibero-Americana da Cultura em 2017, ficando à cabeça de um universo cultural diverso e multifacetado. A programação, a cargo de António Pinto Ribeiro, inclui eventos e exposições em dezenas de espaços lisboetas. Destacamos uma exposição sobre o exílio do casal Vieira e Arpad no Brasil, a partir de Março, na Fundação Arpad Szènes Vieira da Silva.
Mais a norte, o CIAJG em Guimarães terá como artista residente em 2017 Christian Andersson que desenvolverá trabalho inédito. O ciclo de exposições abre a 28 de Janeiro com Cosmic, Sonic, Animistic, colectiva que junta trabalhos do acervo com obras de artistas convidados, e com individuais de António Bolota, Christine Henry, o fotógrafo Edgar Martins e Rui Moreira.
Na programação das galerias, a Quadrado Azul continuará a celebrar nos espaços do Porto e de Lisboa os seus 30 anos de actividade com a apresentação de novas obras dos artistas com que trabalha. Em Lisboa, a Filomena Soares apresenta já no dia 12 uma individual com novos trabalhos de Rui Chafes, ao passo que a Cristina Guerra, no mesmo dia, apresentará fotografia, Rasgo de André Cepeda. De resto, anunciam-se boas exposições desta área específica em vários locais do país: Valter Vinagre mostrará o seu trabalho ao serviço do jornal Gazeta das Caldas, no Museu do Ciclismo, Caldas da Rainha, a partir de 14 de Janeiro. A partir de 17 de Fevereiro, Valter Ventura mostra Observatório de Tangentes no Museu do Chiado. Na Gulbenkian, a 3 de Março, Manuela Marques inaugura Versailles: A face escondida do sol. A galeria Módulo terá novas séries de José António Quintanilha, Tito Mouraz, Brígida Mendes e David Infante. Mais para o fim do ano, a 8 de Setembro, no Centro Cultural de Cascais é inaugurada uma antológica de Herb Ritts.