Investir na educação, investir na juventude da Europa
Ligar as universidades com as estratégias de especialização inteligente ajudará as regiões ao desenvolvimento.
Uma educação de elevada qualidade acessível a todos é um dos melhores investimentos que uma sociedade pode fazer — para as pessoas envolvidas, para a economia e para o nosso futuro. É crucial não só para o crescimento económico e para a competitividade, como também para a criação de sociedades abertas e coesas, criando resiliência num mundo em constante mutação e permitindo às pessoas aproveitar as oportunidades que se lhes apresentam.
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Uma educação de elevada qualidade acessível a todos é um dos melhores investimentos que uma sociedade pode fazer — para as pessoas envolvidas, para a economia e para o nosso futuro. É crucial não só para o crescimento económico e para a competitividade, como também para a criação de sociedades abertas e coesas, criando resiliência num mundo em constante mutação e permitindo às pessoas aproveitar as oportunidades que se lhes apresentam.
No entanto, no momento em que os jovens se preparam para assumir o controlo das suas vidas e encontrar o seu lugar na sociedade, muitos deles deparam--se com limitações — limitações devido à falta de competências adequadas e devido à falta de oportunidades.
Esta situação deve-se a inúmeros fatores, mas há um que se destaca: a educação é vital para dotar as pessoas com conhecimentos, capacidades, competências e aptidões para tirar o maior partido do seu potencial e das oportunidades que se lhes apresentam. A educação reforça a resiliência em tempos de rápidas mudanças. Atualmente, os nossos sistemas educativos nem sempre alcançam estes resultados. Apenas podem cumprir o seu papel se forem eficientes, inclusivos e se fornecerem ensino de elevada qualidade a todas as crianças e jovens. Os Estados-membros fizeram progressos, por exemplo, ao aumentar a proporção daqueles que frequentam um curso universitário e ao reduzir o número dos que desistem sem obter um diploma. Mas ainda há muito a fazer.
É por isso que estamos a intensificar os nossos esforços para ajudar o sistema educativo europeu a adequar-se a este objetivo. Queremos trabalhar com os Estados-membros no sentido de melhorar o ensino escolar e o ensino superior. Este é um ponto fundamental para promover a inovação e o crescimento económico, para manter a Europa próspera e competitiva, e também para criar sociedades justas, tolerantes, abertas e democráticas. Os nossos sistemas educativos devem oferecer igualdade de oportunidades a todos os jovens.
Para isso é necessária uma abordagem a longo prazo e abrangente e esforços contínuos. Uma educação de elevada qualidade e inclusiva deve começar cedo na vida e deve envolver uma ampla rede —pais, professores, diretores escolares, instituições de investigação, universidades, empresas, outras partes interessadas a nível local, incluindo organizações de juventude e outras que proporcionam uma educação informal. Queremos dar o nosso apoio, por exemplo, através de uma ação especial para apoiar a formação e o desenvolvimento profissional contínuo de professores.
Iremos também atualizar e rever as competências essenciais que o sistema educativo moderno deve cumprir. Um dos aspetos principais será melhorar as competências básicas, área em que é necessária uma ação urgente: os últimos resultados do PISA mostram que a percentagem média de alunos com fraco aproveitamento em todos os 28 Estados-membros aumentou entre 2012 e 2015.
No ensino superior, queremos levar a modernização mais longe. São necessários mais esforços para progredir no desenvolvimento, no reconhecimento e na recompensa do ensino de elevada qualidade. O ensino superior deve dotar os jovens com conhecimentos e competências relevantes, mas as universidades também têm de estabelecer relações mais próximas com as comunidades onde estão inseridas. Iremos apoiar a criação de ligações mais fortes entre as universidades, as empresas e as organizações e instituições locais e regionais. Ligar as universidades com as estratégias de especialização inteligente ajudará, por exemplo, as regiões a impulsionar o desenvolvimento — e a criar empregos e condições de vida atrativas para os jovens.
Pretendemos também reforçar a nossa política de apoio aos Estados-membros — por exemplo, transcendendo as meras áreas políticas iremos reforçar a base empírica com que todos trabalhamos para ajudar a identificar o que funciona no ensino e elaborar e avaliar as reformas em conformidade. E iremos oferecer uma análise comparativa e aconselhamento personalizado aos governos dos Estados-membros que procuram tais mudanças.
Todas estas iniciativas em que queremos trabalhar com os Estados-membros têm dois objetivos centrais: melhorar a qualidade do ensino — assegurar que todos os jovens têm acesso a este, independentemente das suas origens. Todos eles têm direito ao melhor começo que os irá ajudar a manterem-se fortes durante a vida. E para alcançar este objetivo é crucial haver sistemas de ensino modernos, eficazes e inclusivos.