ARS Centro apela a lares para que não enviem idosos directamente para urgências

O presidente da Administração Regional de Saúde do Centro diz que utentes de lares devem primeiramente ser consultados por médicos das próprias instituições.

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José Tereso apela para que os lares não enviem os seus utentes directamente para as urgências NFS - NUNO FERREIRA SANTOs

O presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), José Tereso, apelou esta segunda-feira para que os lares não enviem directamente os utentes para as urgências sem antes consultarem o médico afecto às instituições.

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O presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), José Tereso, apelou esta segunda-feira para que os lares não enviem directamente os utentes para as urgências sem antes consultarem o médico afecto às instituições.

A "esmagadora maioria das pessoas que vão às urgências são idosos" e parte "vêm directamente dos lares sem verem antes médico nenhum", afirmou esta segunda-feira, em Coimbra José Tereso.

De acordo com o responsável da ARSC, os idosos não devem ser enviados pelos lares "directamente para as urgências", devendo primeiro ser consultados pelo médico da instituição. José Tereso sublinhou que, desde Dezembro, a entidade está a promover "acções de formação para os profissionais dos lares de idosos" nos seis distritos da região, numa iniciativa que deve decorrer durante todo o primeiro trimestre deste ano.

A acção de formação visa "melhorar a assistência, combater a infecção nosocomial e melhorar as práticas de prescrição de antibióticos por causa das multi-resistências", referiu.

Estimando que o pico da gripe ocorra "daqui a 15 dias", o presidente da ARSC defendeu que os utentes devem dirigir-se primeiro "ao seu médico de família", que, caso seja necessário, "os encaminhará para os serviços de urgência". Para os utentes não urgentes, "o hospital demora muitíssimo tempo", constatou.

José Tereso falava aos jornalistas à margem da cerimónia de recepção aos novos internos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). Ao todo, são 97 internos de especialidade (formação específica) e 119 do ano comum a entrar no CHUC, instituição que tem cerca de 750 internos.