Junta das Avenidas Novas não se conforma com saída da PSP da freguesia

Junta iniciou uma petição pública para levar o assunto a discussão na Assembleia da República. Câmara de Lisboa e Ministério da Administração Interna garantem que há um reforço do patrulhamento das ruas.

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Meio milhar de pessoas já assinaram a petição pela reabertura do posto da PSP Enric Vives-Rubio

“Foi tudo feito em segredo.” A acusação é de Daniel Gonçalves, presidente da junta das Avenidas Novas (PSD), que afirma não ter sido informado pelo Ministério da Administração Interna nem pela Câmara Municipal de Lisboa do fecho do único posto da Polícia de Segurança Pública (PSP) na freguesia. Daniel Gonçalves acrescentou que apenas recebeu um email do ministério na quarta-feira, após o fecho ter sido noticiada pela agência Lusa, a informar que a reunião que a junta pede desde Outubro será marcada para o próximo ano. “Não adiantam qualquer explicação [sobre o encerramento da esquadra]”, destacou.

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“Foi tudo feito em segredo.” A acusação é de Daniel Gonçalves, presidente da junta das Avenidas Novas (PSD), que afirma não ter sido informado pelo Ministério da Administração Interna nem pela Câmara Municipal de Lisboa do fecho do único posto da Polícia de Segurança Pública (PSP) na freguesia. Daniel Gonçalves acrescentou que apenas recebeu um email do ministério na quarta-feira, após o fecho ter sido noticiada pela agência Lusa, a informar que a reunião que a junta pede desde Outubro será marcada para o próximo ano. “Não adiantam qualquer explicação [sobre o encerramento da esquadra]”, destacou.

Fonte da Câmara de Lisboa explicou, por escrito, ao PÚBLICO que os efectivos desta esquadra da PSP da Praça de Espanha, na Avenida Santos Dumont, vão mudar-se para o Palácio da Justiça. O edifício situa-se na Rua Marquês de Fronteira, em Campolide, a pouco mais de um quilómetro da esquadra agora encerrada. Esta alteração é feita no âmbito da reorganização dos dispositivos da PSP de Lisboa proposta pelo Ministério da Administração Interna (MAI).

A autarquia sublinha que “não há nenhuma descontinuidade de patrulhamento da PSP na freguesia das Avenidas Novas com esta mudança” e que, pelo contrário, houve um reforço dos efectivos policiais na freguesia, “com mais dez agentes e mais duas viaturas para o patrulhamento nas ruas”. O MAI corrobora a posição camarária destacando que o efectivo operacional na zona aumentou “face à disponibilidade que resultou da desactivação da instalação na Praça de Espanha”.

Daniel Gonçalves acredita que o encerramento da única esquadra existente nas Avenidas Novas pode pôr em causa “a ordem pública e a segurança”. Na freguesia vivem cerca de 23 mil pessoas e 300 mil circulam todos os dias, segundo números avançados pela autarquia. Daniel Gonçalves diz que nunca foi apresentado à junta um “plano de segurança alternativo”.

Nova esquadra em São Domingos de Benfica

No final da tarde desta quinta-feira, 500 pessoas tinha assinado uma petição pública que pede a instalação de uma esquadra na freguesia, petição que a junta lançou no mesmo dia. O executivo pretende entregar o documento na Assembleia da República. São necessárias 4000 assinaturas para que seja discutida em plenário pelos deputados.

“A freguesia ficou sem polícia de proximidade, o que faz muita falta. A população está realmente preocupada”, reforçou Daniel Gonçalves. O autarca questiona “como pode uma freguesia enorme em Lisboa, com imensa gente e central não ter uma esquadra”.

Com esta reorganização vai ser criada uma esquadra em São Domingos de Benfica, acrescentou fonte da Câmara de Lisboa. O dispositivo terá sede no antigo edifício da  junta de freguesia, que será adaptado com pequenas intervenções.

Fonte do MAI informa que “logo que estejam concluídas as obras de adaptação” no local a nova esquadra de São Domingos de Benfica assumirá “uma parte da área de responsabilidade” da esquadra que agora encerrou nas Avenidas Novas.