OSCE foi alvo de ataque informático

Computadores da organização que fiscaliza cessar-fogo na Ucrânia foram pirateados por hackers.

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Observadores da OSCE na Ucrânia JOHN MACDOUGALL/REUTERS

A Organização para a Cooperação e Segurança na Europa (OSCE), que tem observadores na Ucrânia a controlar o cumprimento do cessar-fogo, foi alvo de um grande e sofisticado ataque informático.

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A Organização para a Cooperação e Segurança na Europa (OSCE), que tem observadores na Ucrânia a controlar o cumprimento do cessar-fogo, foi alvo de um grande e sofisticado ataque informático.

“A organização deu-se conta do ataque no fim de Outubro”, disse a porta-voz da OSCE Natacha Rajakovic ao jornal francês Le Monde, sem avançar grandes pormenores. “Houve um ataque, mas agora os sistemas de segurança são novos e temos novas passwords”, disse à Reuters.

Desde 2015, a OSCE tem como missão garantir e controlar no terreno a manutenção dos acordos de paz da Ucrânia, negociados em Minsk (Bielorrúsia) em Fevereiro de 2015.

Com sede em Viena, a OSCE é um organismo de diálogo entre a Europa Ocidental e de Leste, criada através dos acordos de Helsínquia, em 1975. O Kremlin critica-a por considerar que está ao serviço dos interesses ocidentais e ainda que encorajou aquilo que chama “as revoluções coloridas” – na Geórgia, na Ucrânia e no Quirguistão.

Os 57 países que compõem a OSCE foram informados do incidente, embora não tenham sido feitas acusações sobre a autoria dos ataques informáticos. O Le Monde cita “um serviço de espionagem ocidental” que atribui o ataque a um grupo de hackers russos denominado APT28 (também conhecido como Pawn Storm, Sofacy ou Fancy Bear), já suspeito de ter atacado a televisão francesa TV5 Monde, e de ter ligações aos serviços secretos russos, bem como de estar por trás dos ataques ao Partido Democrata nos EUA.

Neste caso, as agências de informações norte-americanas acusaram o Presidente russo, Vladimir Putin, de se ter envolvido pessoalmente nos ciberataques, que terão favorecido a eleição de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos, favorecendo a sua imagem. O Presidente eleito, Donald Trump, considera  "ridícula" esta avaliação da CIA e outros serviços secretos americanos.