De pequenas caravanas a cidades: o que são os colonatos israelitas?
Cerca de 530 mil israelitas vivem na Cisjordânia e em Jerusalém Leste: por motivos ideológicos ou de menor custo de vida.
Os colonatos judaicos são locais onde vivem civis israelitas em território ocupado (e alguns casos anexado). São ilegais à luz da lei internacional, mas Israel distingue no entanto entre colonatos regulares (que a lei israelita permite) e “selvagens” (proibidos mesmo por Israel). Os colonatos israelitas são muito diferentes entre si, podendo ir desde um par de caravanas ou pré-fabricados no cimo de um monte (no caso dos “selvagens”) até autênticas cidades estabelecidas, com instituições como câmaras municipais ou universidades como em Ariel (17 mil habitantes).
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os colonatos judaicos são locais onde vivem civis israelitas em território ocupado (e alguns casos anexado). São ilegais à luz da lei internacional, mas Israel distingue no entanto entre colonatos regulares (que a lei israelita permite) e “selvagens” (proibidos mesmo por Israel). Os colonatos israelitas são muito diferentes entre si, podendo ir desde um par de caravanas ou pré-fabricados no cimo de um monte (no caso dos “selvagens”) até autênticas cidades estabelecidas, com instituições como câmaras municipais ou universidades como em Ariel (17 mil habitantes).
Israel começou a ter colonatos em território ocupado depois da guerra dos Seis Dias (1967) em que passou a controlar a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, e autorizou ou incentivou a movimentação de população civil para lá da "Linha Verde", a fronteira de facto reconhecida nos acordos de paz.
Os colonatos foram estabelecidos em território ocupado (na Cisjordânia, em que a autoridade militar controla mas há autoridades locais palestinianas), ou anexado (exemplo dos Montes Golã, em que a administração é israelita, assim como a lei em vigor, embora Israel evite a palavra anexação). Em Jerusalém Leste a comunidade internacional considera que se trata de território ocupado mas Israel considera-o seu.
Há colonos que vivem nos territórios ocupados por motivações ideológicas, porque acreditam que Israel tem direito a todo este território. Da parte do Estado, houve também motivos militares, já que alguns defendiam que a presença de civis contribuía para um aumento de segurança, para a sua promoção. E ainda razões políticas, de líderes que queriam partir com melhor posição para negociações e troca de território. Por isso, foram estabelecidos incentivos para quem quisesse viver nos colonatos – habitação barata, infra-estruturas, e alguns subsídios (por exemplo para professores). Também há desvantagens em viver nos colonatos: por vezes há ataques contra os colonos, especialmente nas estradas (separadas para judeus) que passam nos territórios palestinianos.
Israel já retirou pessoas de colonatos: uma vez em 1982 ao devolver território no Sinai, após o acordo de paz com o Egipto de 1979, e outra vez na retirada unilateral da Faixa de Gaza, em 2005.