A cena favorita de Carrie Fisher como Leia e as outras Carrie Fishers no cinema

A actriz morreu terça-feira aos 60 anos depois de uma carreira definida por um papel mas que teve outros momentos de cultura popular.

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Amanda Edwards/AFP

O papel de Leia Organa, princesa de um planeta de triste fim e parte de uma dinastia estelar que serve de base a um dos mais valiosos franchises cinematográficos do mundo, ditou a carreira de Carrie Fisher. "Gosto da princesa Leia", dizia, confessando que a sua cena preferida era a de um momento violento que punha fim à sua vida de escrava de biquíni em O Regresso de Jedi e a uma certa objectificação enquanto actriz. "Gosto de como ela matou Jabba the Hutt", o viscoso vilão secundário dos filmes. "É a minha coisa favorita do que ela fez", disse à Rolling Stone.  

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O papel de Leia Organa, princesa de um planeta de triste fim e parte de uma dinastia estelar que serve de base a um dos mais valiosos franchises cinematográficos do mundo, ditou a carreira de Carrie Fisher. "Gosto da princesa Leia", dizia, confessando que a sua cena preferida era a de um momento violento que punha fim à sua vida de escrava de biquíni em O Regresso de Jedi e a uma certa objectificação enquanto actriz. "Gosto de como ela matou Jabba the Hutt", o viscoso vilão secundário dos filmes. "É a minha coisa favorita do que ela fez", disse à Rolling Stone.  

Mas depois do primeiro Star Wars vieram outros filmes. Uma das comédias românticas da década de 1980 foi Um Amor Inevitável (When Harry Met Sally), de Rob Reiner e com Billy Crystal e Meg Ryan como protagonistas. Mas Carrie Fisher tinha um papel secundário que vários críticos definiram como um "scene stealer" - ela roubava inesperadamente o protagonismo de Ryan em cenas como esta.

Quando as filmagens do novo filme de Woody Allen terminaram, Fisher teve uma overdose e quase morreu. Ponto de viragem na sua vida e na relação com os estupefacientes, entrou numa clínica de reabilitação após Ana e as suas irmãs, onde interpretava April, a sócia e rival amorosa e laboral da personagem de Diane Wiest. 

Outro curto papel, e num filme de culto - Carrie Fisher é a "Mistery Woman" que ameaça a personagem de John Belushi no filme emblemático de John Landis The Blues Brothers. O outro Blues Brother, Dan Aykroyd, foi um dos seus romances famosos.

Há seis anos gravou um espectáculo ao vivo e um especial de comédia para a HBO intitulado Wishful Drinking, reflectindo sobre a sua vida. Daria origem a um livro.

Nos últimos anos, Carrie Fisher teve alguns papéis como actriz convidada em séries de comédia de relevo - foi o caso de Rockefeller 30, em que participou nalguns dos episódios favoritos da autora, Tina Fey, e de O Sexo e a Cidade, em que faz de si mesma numa curta cena enquanto autora e actriz.

Na longa ficha técnica da sua vida, outros papéis foram relevantes - participou em comédias populares como Austin Powers ou filmes como Scream 3 e em inúmeras séries ou filmes em referência ao seu papel em Star Wars. A sua mais recente interpretação é da série Catastrophe, de cuja rodagem voltava quando sofreu o enfarte da semana passada. O seu papel definitivo e primeira linha de todos os seus obituários é, porém e sempre, Leia. Em 2017 voltará à personagem (as cenas do Episódio VIII de Star Wars estão filmadas) e em 2015 deixou as últimas cenas conhecidas como Leia Organa, general da Resistência.