Shinzo Abe em Pearl Harbor: "Não podemos repetir os horrores da guerra"
Na histórica visita ao Havai, o primeiro-ministro japonês falou de uma "aliança de esperança" entre Japão e EUA.
Durante a histórica visita a Pearl Harbor, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ofereceu as suas condolências às mais de duas mil vítimas que perderam a vida durante o ataque nipónico à esquadra norte-americana no Havai em 1941.
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Durante a histórica visita a Pearl Harbor, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ofereceu as suas condolências às mais de duas mil vítimas que perderam a vida durante o ataque nipónico à esquadra norte-americana no Havai em 1941.
Depois de homenagearem os mortos no memorial USS Arizona, Obama e Abe juntaram-se para uma conferência de imprensa. O primeiro a falar foi o primeiro-ministro japonês: “Não podemos repetir os horrores da guerra. Este é o voto solene que nós, povo do Japão, fizémos”.
“Para as almas dos soldados que repousam no descanso eterno a bordo do USS Arizona, para o povo americano, e para todos os povos em todo o mundo, eu faço aqui esta promessa inabalável”, realçou ainda Shinzo Abe
Sem pedir desculpa pelo ataque, tal como não o fez Obama na sua visita a Hiroxima no início do ano, o governante japonês afirmou que o mundo precisa, agora, do espírito de tolerância e do poder da reconciliação, classificando a aliança entre EUA e Japão como uma “aliança de esperança”.
Depois de Abe, foi a vez de Obama falar em reconciliação: “Este gesto histórico dialoga com o poder da reconciliação. Uma lembrança de que mesmo as feridas mais profundas da guerra podem dar lugar à amizade e à paz duradoura”.
Barack Obama falou também da aliança entre japoneses e norte-americanos, afirmando que nunca foi tão forte e que tem sido “um pilar” de paz na região da Ásia-Pacífico e uma força para o progresso em todo o mundo. "O carácter das nações é testada na guerra mas é definida em paz", disse.
Durante a visita, os líderes das duas potências que se confrontaram durante a II Guerra Mundial, colocaram-se, solenemente e em silêncio, em frente à parede onde estão inscritos os nomes dos americanos que morreram em 1941.