Falha cardíaca terá matado George Michael, diz agente
Michael Lippman diz que o cantor, de 53 anos, foi encontrado "na cama, deitado em paz".
George Michael, que morreu aos 53 anos, no domingo de Natal, terá sofrido uma falha cardíaca, em casa, segundo o agente do cantor. Michael Lippman disse à Billboard que o músico e compositor foi encontrado "deitado em paz" na cama.
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George Michael, que morreu aos 53 anos, no domingo de Natal, terá sofrido uma falha cardíaca, em casa, segundo o agente do cantor. Michael Lippman disse à Billboard que o músico e compositor foi encontrado "deitado em paz" na cama.
“Estou devastado”, contou o agente do músico, que descartou a hipótese de a causa da morte ter sido causada por razões relacionadas com álcool ou droga. Lippman deu como “inesperada” a morte por ataque cardíaco.
Em comunicado, também a polícia de Thames Valley, autoridade responsável pela investigação, já tinha confirmado que a morte do cantor não estava envolta em circunstâncias suspeitas. Recorde-se que, anteriormente, Michael teve problemas de dependência de álcool e drogas, sobre as quais chegou a responder em tribunal, em 2010.
A morte do cantor foi anunciada pelo responsável das relações públicas do cantor neste domingo de Natal. "É com grande tristeza que confirmamos que o nosso amado filho, irmão e amigo George faleceu em casa no período do Natal", disse, numa declaração.
O cantor, nascido em Londres com o nome Georgios Kyriacos Panayiotou, vendeu mais de 100 milhões de álbuns. Em 1981, lançou-se com a banda Wham!, que fundou juntamente com Andrew Ridgeley, e cujo álbum de estreia – Fantastic – chegou ao número 1 dois anos depois. Anos mais tarde, em 1986, os Wham! separaram-se lançando um single de despedida, Edge of Heaven, e Michael segue com uma carreira a solo, ao longo da qual lançou cinco álbuns e duas compilações de sucessos.
George Michael fez duetos com artistas como Aretha Franklin – que impulsionou a carreira a solo –, Paul McCartney, Mary J. Blige ou Elton John. Symphonica foi o seu último trabalho e saiu em 2014, tendo sido também o seu primeiro álbum ao vivo.
O ícone da música pop dos anos 80 e 90 ficou igualmente conhecido pela sua luta pelos Direitos Humanos e sobretudo pela liberdade e direitos dos membros das comunidades LGBT, sobretudo numa época em que o sentimento anti-gay era crescente.
Em 1998, Michael assumiu-se publicamente numa entrevista para a CNN, contando, nessa mesma ocasião, como é que a sua sexualidade influenciava a composição e interpretação das suas canções.
George Michael came out during an interview with CNN in 1998; he spoke about how his sexuality influenced his songs https://t.co/qmnQsWbEyK pic.twitter.com/BYLgl0kbYQ
— CNN International (@cnni) 26 de dezembro de 2016
George Michael tem sido homenageado ao longo desta segunda-feira com tributos de amigos, que espalham pelas redes sociais o respeito e a consideração que tinham pelo cantor. Músicos, políticos, comediantes, actores e fãs, todos choram a morte do ícone da pop.
De Elton John a Madonna, passando pelo seu grande amigo e antigo membro dos Wham, Andrew Ridgeley, todos agradecem o contributo e o talento de George Michael.
Junto à sua residência em Goring-on-Thames, em Oxfordshire, os fãs ergueram um memorial onde ao longo do dia têm sido depositadas flores e inúmeras mensagens de condolências à família e tributos ao cantor.