Papa reclama fim da guerra na Síria
Na tradicional mensagem e bênção Urbi et Orbi, o Sumo Pontífice falou também dos atentados jihadistas na Europa.
O Papa Francisco apelou neste domingo de Natal ao fim da guerra na Síria e pediu que se vire a página no conflito israelo-palestiniano. Na tradicional mensagem natalícia e benção Urbi et Orbi, o Sumo Pontífice falou também dos atentados jihadistas na Europa.
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O Papa Francisco apelou neste domingo de Natal ao fim da guerra na Síria e pediu que se vire a página no conflito israelo-palestiniano. Na tradicional mensagem natalícia e benção Urbi et Orbi, o Sumo Pontífice falou também dos atentados jihadistas na Europa.
"É tempo de as armas se calarem definitivamente e da comunidade internacional se empenhar activamente para alcançar uma solução negociada" na Síria, declarou na Praça São Pedro, no Vaticano, o chefe espiritual de 1200 milhões de católicos.
Numa altura em que o regime sírio apoiado pela Rússia acaba de recuperar o controlo de Alepo, "muito sangue foi derramado", criticou Francisco: "Sobretudo nesta cidade, palco nas últimas semanas de uma das batalhas mais atrozes, é mais do que nunca urgente que a ajuda e o conforto sejam garantidos à extenuada população civil, com respeito pelos direitos humanitários".
Pela primeira vez em cinco anos, a comunidade católica de Alepo celebra neste domingo uma missa na catedral maronita de Santo Elias, na parte antiga da cidade. Um pequeno grupo de pessoas decidiu limpar o local e instalar um presépio.
Diante de milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Papa argentino, que acaba de completar 80 anos, disse esperar que "a paz na Terra Santa” aconteça. "Que israelitas e palestinianos tenham coragem e a determinação de escrever uma nova página da história, onde o ódio e a vingança dêem lugar à vontade de construir juntos um futuro de compreensão recíproca e de harmonia", pediu.
O Sumo Pontífice também desejou que a paz aconteça no Iraque, Líbia e Iémen, "onde as pessoas sofrem com a guerra e actos terroristas atrozes".
"Paz aos homens e mulheres de diferentes regiões da África, especialmente na Nigéria, onde o terrorismo fundamentalista também explora crianças para perpetrar a morte e horror", denunciou. O Papa também pediu "valentia" à "amada Venezuela", país mergulhado numa profunda crise política. E felicitou a Colômbia por "um novo e valente caminho de diálogo e reconciliação", numa referência às negociações com a guerrilha.
Finalmente, Francisco desejou "paz" a todos aqueles que "perderam um ente querido devido a actos terroristas", como aquele que matou, no início da semana, 12 mortos em Berlim. O autor do ataque, um tunisino, foi abatido mortalmente pela polícia na sexta-feira em Milão."A paz àqueles que perderam um ente querido devido a actos atrozes de terrorismo que semearam o medo e a morte no coração de tantos países e cidades", disse o Papa.