AICEP vai abrir delegações na Austrália, Argentina e Tailândia em 2017
Quando Miguel Frasquilho assumiu a presidência da AICEP, a agência acompanhava pouco mais de 50 mercados, agora acompanha cerca de 65.
A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) vai abrir delegações na Austrália, Argentina e Tailândia no primeiro trimestre do próximo ano, disse, em entrevista à Lusa, o presidente da agência, Miguel Frasquilho.
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A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) vai abrir delegações na Austrália, Argentina e Tailândia no primeiro trimestre do próximo ano, disse, em entrevista à Lusa, o presidente da agência, Miguel Frasquilho.
"Estamos nesta altura na fase de escolher ou de assinalar as datas no primeiro trimestre do próximo ano em que abriremos as delegações na Austrália, na Argentina e na Tailândia, são as únicas que nos faltam cumprir", no âmbito do plano estratégico, afirmou Miguel Frasquilho.
Em 2014, o presidente da AICEP apresentou um plano estratégico, que alarga a presença das delegações da agência no mundo. Na altura em que o plano foi desenhado, nem a Austrália nem a Argentina constavam do mesmo, mas face às relações comerciais entre as empresas portuguesas e aqueles países, a entidade decidiu abrir delegações naquelas geografias.
Por outro lado, a abertura na Tailândia vai permitir à AICEP acompanhar todo o Sudeste asiático, explicou Miguel Frasquilho.
"Estas são as três delegações que falta abrir para cumprirmos na íntegra o nosso plano estratégico, mas não posso deixar de referir, digo com muito orgulho, que foi durante o meu mandato que a AICEP passou a cobrir todos os países da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa] ", salientou Miguel Frasquilho.
"Tudo isso é uma marca, no fundo, uma aposta no português enquanto língua de negócios internacional. E isso deixa-me também muito orgulhoso porque nós já estávamos presentes nos maiores países da CPLP, falo obviamente do Brasil, Angola e Moçambique. Estávamos também em Cabo Verde já e agora cobrimos toda a CPLP", disse.
"Portugal tem uma proximidade histórica, cultural, económica, afectiva com estes países onde se fala português que nos deve deixar a todos cheios de orgulho e que é uma marca económica muito interessante e, se juntarmos a esta vertente o facto de sermos um país da União Europeia", prosseguiu, isso torna Portugal junto de "investidores de outras geografias" um "parceiro ideal em termos de investimento, de abordagem nestes mercados, seja na União Europeia, seja na CPLP".
Quando Miguel Frasquilho assumiu a presidência da AICEP, a agência acompanhava pouco mais de 50 mercados, agora acompanha cerca de 65. "Espero que esta trajectória possa ser mantida com o meu sucessor e que se possa alargar a presença de Portugal no mundo. Esse é o caminho e penso que fomos nós que iniciámos a globalização há muitos séculos, no século XV, e devemos continuar a ter orgulho de sermos um país que está sempre virado para fora. Temos muitas coisas boas para apresentar lá fora e a marca Portugal, posso dizê-lo com conhecimento de causa, acrescenta muito valor hoje em qualquer paragem onde nós nos encontremos", sublinhou.
O responsável lembrou que a abertura das delegações de Cuba e Irão não constava no plano estratégico inicial, mas dada a dinâmica geopolítica, tal acabou por ser uma aposta, sendo que as presenças previstas na Nigéria e no Gana aguardam agora uma nova oportunidade.
Miguel Frasquilho vai deixar a presidência da AICEP, a seu pedido, no final do seu mandato. Apesar de o mandato terminar no final deste ano, Frasquilho deverá deixar a entidade após o fecho das contas, o que poderá acontecer entre Fevereiro e Março. Sobre o que vai fazer a seguir, o gestor garantiu que ainda não sabe.