Autocarros humanitários atacados em Idlib
Cinco autocarros que se dirigiam para duas cidades cercadas pelos rebeldes sírios foram queimados. Ataque foi atribuído a grupo ligado à Al-Qaeda.
Vários autocarros que deveriam trazer doentes e feridos de duas localidades da província de Idlib foram queimados este domingo, pondo em risco o plano de evacuação do Leste de Alepo, na Síria.
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Vários autocarros que deveriam trazer doentes e feridos de duas localidades da província de Idlib foram queimados este domingo, pondo em risco o plano de evacuação do Leste de Alepo, na Síria.
Os cinco autocarros foram atacados quando se dirigiam para as cidades de Fua e Kefraya, controladas pelo Governo sírio, mas cercadas pelos grupos rebeldes. O acordo alcançado no sábado entre o Governo e os rebeldes para evacuar o Leste de Alepo – onde milhares de civis continuam cercados – previa também que fossem retirados os residentes civis daquelas duas localidades de maioria xiita na vizinha província de Idlib.
Segundo a AFP, os atacantes obrigaram os condutores dos autocarros a saírem das viaturas para depois as queimarem. Fontes da oposição ao Presidente Bashar al-Assad atribuem a autoria dos ataques a elementos do grupo Jabhat Fatah al-Sham, ligado à Al-Qaeda.
No entanto, os canais ligados ao regime sírio dizem que os autocarros foram destruídos de forma acidental por causa de confrontos entre grupos armados da oposição. O Exército Livre da Síria, um dos grupos oposicionistas considerados moderados pelos EUA e pela União Europeia, condenou o ataque aos autocarros como um “acto irreflectido que põe em perigo as vidas de quase 50 mil pessoas” que permanecem no Leste de Alepo.
Outros autocarros continuaram a chegar aos bairros de Alepo, sob supervisão da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho Árabe Sírio, onde 15 mil pessoas aguardavam numa praça, de acordo com os media estatais sírios, citados pela Reuters.