Governo promete solução para traçado em Évora da linha ferroviária Sines-Caia
Infraestruturas de Portugal deverá apresentar um plano em Abril.
A empresa Infraestruturas de Portugal (IP) vai estudar alternativas ao traçado junto a Évora da futura linha ferroviária de mercadorias entre Sines e Caia e apresentar em Abril do próximo ano "uma solução tecnicamente viável".
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A empresa Infraestruturas de Portugal (IP) vai estudar alternativas ao traçado junto a Évora da futura linha ferroviária de mercadorias entre Sines e Caia e apresentar em Abril do próximo ano "uma solução tecnicamente viável".
A informação foi avançada à agência Lusa pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d'Oliveira Martins, após uma reunião, ocorrida esta semana, com o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá (CDU).
"Nos últimos meses, a população de Évora tem vindo a demonstrar a necessidade de reconfiguração [do traçado], estamos apenas a atender a esse pedido e vamos, com certeza, encontrar uma solução tecnicamente viável", afirmou o governante. O traçado da linha ferroviária de transporte de mercadorias que vai ligar Sines e Caia, no concelho fronteiriço de Elvas, tem sido contestado pela câmara e por movimentos de cidadãos, por passar numa zona urbana de Évora.
O secretário de Estado assegurou à Lusa que o Governo e a IP estão disponíveis para "reconsiderar e reconfigurar" o traçado junto à cidade de Évora, em articulação com a câmara municipal, para "atender às necessidades da população".
"Vamos, nos próximos meses, analisar novas soluções técnicas e novos traçados para, depois, apresentarmos uma proposta", disse Guilherme W. d'Oliveira Martins, adiantando que "até Abril serão apresentadas os traçados alternativos".
Também em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, congratulou-se com a decisão do Governo, considerando que é o "retomar de uma proposta que tinha sido aprovada numa reunião anterior, mas que não teve sequência".
"Nesta reunião, insistimos na necessidade de se estudarem alternativas ao traçado, nomeadamente aquele que propõe a utilização do antigo ramal de Estremoz, bem como a necessidade de se estudar uma estação de mercadorias em Évora para que a linha possa servir a cidade e o Alentejo", referiu.
O autarca notou que a câmara "não irá trabalhar na definição dos traçados", porque "esse é um trabalho que compete à IP", mas frisou que "dará apoio, sobretudo, nas questões relacionadas com o ordenamento do território e plano director municipal".
"Ficou acertado que esse grupo de trabalho teria que apresentar resultados até ao final de Abril, o que é importante para termos um calendário em perspectiva e o trabalho avance dentro de prazos razoáveis", indicou.
Sobre a construção de uma nova estação de mercadorias em Évora, o secretário de Estado realçou que "é prematuro falar de outros cenários", acrescentando que o Governo está, actualmente, empenhado em "atender a um pedido concreto da população".