Irão quer responder a sanções americanas com navios de propulsão nuclear
Presidente Rohani diz que a decisão do Congresso é uma "violação" do acordo de 2015 e ameaça accionar meios legais contra os EUA.
O Presidente iraniano, Hassan Rohani, ordenou aos especialistas que dêem início ao projecto de construção de navios de propulsão nuclear, numa reacção à renovação, por mais dez anos, das sanções aprovadas pelo Congresso americano.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Presidente iraniano, Hassan Rohani, ordenou aos especialistas que dêem início ao projecto de construção de navios de propulsão nuclear, numa reacção à renovação, por mais dez anos, das sanções aprovadas pelo Congresso americano.
Qualificando a decisão como "uma violação" do acordo nuclear de 2015, Rohani pediu à Organização Iraniana de Energia Atómica que "planifique a concepção e a produção de motores nucleares para transporte marítimo".
Ao ministro dos Negócios Estrangeiros, o Presidente iraniano pediu que accione os "meios legais" a nível internacional contra a "negligência" dos Estados Unidos na aplicação do acordo, assim como contra a renovação das sanções.
O prolongamento das sanções foi aprovado pela Câmara de Representantes e pelo Senado de Washington. Deve agora ser ratificado pelo Presidente Barack Obama, um dos artífices do acordo com o Irão, que foi considerado um passo histórico e que visou impedir o desenvolvimento, por parte de Teerão, de armas nucleares.
Depois da entrada em vigor do acordo, em Janeiro, parte das sanções internacionais contra o Irão foram levantadas. Mas Teerão acusa os EUA de estarem a impedir a normalização das relações económicas do país com o resto do mundo, nomeadamente criando obstáculos às transacções bancárias.