Condenado o capitão do navio do pior naufrágio de refugiados de 2015
Morreram mais de 800 pessoas no naufrágio da embarcação. O homem que comandava o navio foi condenado a 18 anos de prisão em Itália, o seu número dois a cinco.
Os dois homens tidos como responsáveis por um dos piores naufrágios no Mediterrânio de 2015 foram condenados por um tribunal de Catania (Sicília) – o tunisino que comandava a embarcação foi condenado a 18 anos de prisão; o seu número dois, um sírio, a cinco.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os dois homens tidos como responsáveis por um dos piores naufrágios no Mediterrânio de 2015 foram condenados por um tribunal de Catania (Sicília) – o tunisino que comandava a embarcação foi condenado a 18 anos de prisão; o seu número dois, um sírio, a cinco.
O naufrágio ao lardo da Líbia deixou mais de 800 pessoas mortas em Abril de 2015. Entre os sobreviventes foram encontrados o tunisino Mohammed Ali Malek, de 27 anos (o capitão), e o sírio Mahmoud Bikhit, 25 anos, que seria o número dois. Ficaram em prisão preventiva.
A embarcação, que levava muito mais do que a sua capacidade, como acontece frequentemente com o transporte de migrantes e refugiados no Mediterrâneo, embateu contra o navio comercial de bandeira portuguesa que tentava socorrê-la. O que aconteceu é algo que acontece também muitas vezes com os navios com pessoas demais em apuros: ao verem ajuda, os ocupantes vão todos para o mesmo lado da embarcação, fazendo com que ela se vire.
Deste naufrágio sobreviveram, para além dos dois responsáveis, 25 pessoas. Os ocupantes eram todos rapazes e homens, incluindo meninos com idades entre dez e 12 anos, vindos de vários países, a maioria africanos: Gâmbia, Costa do Marfim, Somália, Eritreia, Mali, Tunísia, Serra Leoa, mas também Bangladesh e Síria.