Goleada e ascensão portista no voo picado de Ícaro
Penálti e expulsão de Ícaro determinantes, com André Silva a bisar e a ficar a um golo da liderança dos melhores marcadores.
Nova goleada do FC Porto, que teve em Santa Maria da Feira, em circunstâncias especiais, um dos testes mais fáceis de resolver no campeonato, repetindo o resultado mais robusto da época, na Liga, que o colocou na vice-liderança. Aliás, desde o 0-4 da Choupana, que os “dragões” não marcavam qualquer golo fora de casa para a competição, “maldição” afastada por André Silva (4’ e 66’), Brahimi (33’) e Felipe (50’), autores dos golos portistas frente a um Feirense que não vence há praticamente três meses para a Liga (nos últimos oito jogos somou dois pontos).
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Nova goleada do FC Porto, que teve em Santa Maria da Feira, em circunstâncias especiais, um dos testes mais fáceis de resolver no campeonato, repetindo o resultado mais robusto da época, na Liga, que o colocou na vice-liderança. Aliás, desde o 0-4 da Choupana, que os “dragões” não marcavam qualquer golo fora de casa para a competição, “maldição” afastada por André Silva (4’ e 66’), Brahimi (33’) e Felipe (50’), autores dos golos portistas frente a um Feirense que não vence há praticamente três meses para a Liga (nos últimos oito jogos somou dois pontos).
A equipa de José Mota comprometeu seriamente, logo ao terceiro minuto, qualquer tipo de possibilidade, por remota que pudesse parecer, de vir a alcançar algo de positivo neste embate com um “dragão” revigorado, a emergir em força de uma crise de identidade que parece cada vez mais superada. Ícaro, que curiosamente até dispôs da primeira oportunidade de perigo da partida, foi vítima e vilão, acabando expulso no lance seguinte. O central não resistiu à tentação de parar André Silva, isolado por um passe vertical de Óliver, a esventrar a defesa feirense, e foi duplamente penalizado — com penálti e expulsão. O árbitro exibiu o cartão vermelho, para, mais à frente, perdoar uma entrada violenta de Kakuba sobre Corona, que sancionou com um simples amarelo.
The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml' was not found. The following locations were searched:
~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml
NOTICIA_POSITIVONEGATIVO
Mas, apesar deste soco violentíssimo, o Feirense não se vergou. José Mota ajustou a equipa, com Ricardo Dias a recuar para o eixo da defesa e Tiago Silva a redobrar a atenção no meio-campo, sem passar de imediato a uma estratégia de defender a todo o custo com o recuo de todas as unidades.
Audácia que beneficiou, refira-se, de alguma complacência portista, que não forçou o segundo golo, adiando o golpe de misericórdia que haveria de chegar pelas mãos de Brahimi. O Feirense aproveitou a gentileza e foi à procura de um “tiro no escuro”, que só não surgiu no remate de Tiago Silva, ao minuto 18, porque a bola bateu no poste e ressaltou para fora. Confirmava-se a teoria de Nuno Espírito Santo... ficando a ideia de que o Feirense poderá precisar urgentemente de uma galinha preta, especialmente depois de o ferro ter voltado a negar, no último minuto, o golo de honra a Platiny.
No meio desta história, destaque para André Silva, que assinou o nono golo no campeonato, o 14.º em todas as competições, cinco dos quais de penálti. Também Brahimi parece finalmente reabilitado, tendo assinado mais um golo (o segundo consecutivo), na sequência de um lançamento lateral.
Com a segunda parte e o desgaste acumulado, acentuaram-se as dificuldades do Feirense, que acabou por não resistir à primeira investida dos centrais portistas na marcação de um canto. Felipe (50’) desviou ao primeiro poste e Marcano confirmou o terceiro dos portistas já com a bola dentro da baliza. O espanhol confirmaria também que o golo era do brasileiro, pormenor irrelevante face ao peso de um golo que consumava, ali mesmo, uma vitória que já não escaparia ao “dragão”.
Nuno Espírito Santo confirmou-o dando início à gestão do plantel, poupando Óliver, Corona e André Silva e dando minutos a André André, Herrera e Rui Pedro. Antes, porém, André Silva confirmaria, de cabeça, o segundo golo da conta pessoal.
O Feirense caía de pé, com o guarda-redes Vaná a negar, com uma defesa milagrosa, o 5-0, a Diogo Jota, e a barra de Casillas a castigar os homens de José Mota, que mantiveram, apesar de todas as contingências, uma postura digna e combativa até ao fim.