Marcelo tira selfies e ouve empresários de diversões em protesto

Empresas itinerantes querem aplicação de medidas de apoio à sustentabilidade do sector.

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daniel rocha

Depois de o primeiro-ministro ter sido recebido com reivindicações por parte dos empresários de diversões itinerantes, foi a vez do Presidente da República.

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Depois de o primeiro-ministro ter sido recebido com reivindicações por parte dos empresários de diversões itinerantes, foi a vez do Presidente da República.

À chegada a Coimbra para participar para convenção que assinala os 40 anos do poder democrático, Marcelo Rebelo de Sousa saiu da viatura e trocou impressões e tirou fotos (selfies) com os manifestantes.

O presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED), Luís Paulo Fernandes, explicou ao chefe de Estado os motivos do protesto.

“Os empresários precisam de saber se continuam ou se desistem”, disse o representante dos empresários a Marcelo. “Vou ver o que é possível fazer”, respondeu o Presidente da República. Os manifestantes despediram-se com as palavras “Marcelo, amigo, os itinerantes estão contigo!”

Entre a saída de António Costa da convenção e a até perto da hora de chegada de Marcelo ao Convento São Francisco, o protesto assumiu a forma de marcha lenta e buzinão nas vias em frente.

Já de manhã o primeiro-ministro tinha sido recebido com protestos na convenção dos 40 anos do poder autárquico democrático. Algumas dezenas de manifestantes do sector das diversões itinerantes reuniram-se em frente ao Convento São Francisco, onde exigiram ao Governo a aplicação de uma resolução aprovada por unanimidade no Parlamento em 2013.

Luís Paulo Fernandes pede leis específicas para a actividade itinerante. “Queremos respostas”, disse o responsável que se dirigiu ao primeiro-ministro quando este chegou a Coimbra e entregou-lhe uma cópia da resolução.

Entre as reivindicações está um código de actividade económica específico que diferencie os equipamentos de diversão itinerantes dos fixos, bem como alterações na carga fiscal a que os empresários deste sector estão sujeitos. À semelhança dos táxis, o presidente da APED pede que todos tenham que ter alvará para que “haja uma concorrência leal”.

A resolução 80/2013 recomenda ao Governo o estudo e a tomada de medidas específicas de apoio à sustentabilidade e valorização da actividade das empresas itinerantes de diversão.

Um dos cartazes empunhado por um dos manifestantes questionava “onde estão as medidas?”. Luís Paulo Fernandes diz que o sector não precisa de subsídios, mas de “impostos e leis justas para a actividade”.

O presidente da APED refere que vários equipamentos espalhados pelo país estão paralisados durante este sábado como forma de protesto. É a segunda vez que os profissionais deste sector se manifestam desde o início de Novembro, quando foram para a rua em Lisboa, onde pedirem para ser ouvidos pelo Ministério das Finanças.

Depois de Costa ter abandonado o edifício, os empresários voltaram a manifestar-se ruidosamente no exterior do Convento de São Francisco, em frente ao Portugal dos Pequenitos, chegando a envolver-se em confrontos verbais e empurrões com agentes da PSP