Vhils fez mural de Camilo Pessanha em Macau

Depois de um mural de José Saramago, em Madrid, Vhils inaugurou um mural do poeta Camilo Pessanha em Macau

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Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong

O artista Alexandre Farto, conhecido como Vhils, inaugurou um mural com uma imagem do poeta Camilo Pessanha, no jardim do Consulado de Portugal em Macau, cidade onde o poeta viveu e morreu. "Conheço parte da obra dele e foi uma pessoa relevante para a história de Macau, mas a ideia aqui não é fazer julgamentos de história, nem de nada. O nome da peça é 'Invisível, Visível' e a ideia destas obras, que fazem sempre uma ligação com a história local, é tornar essa história, que muitas vezes está invisível, visível, sem julgamentos. É basicamente expor a história e gerar a discussão em relação à pessoa e à obra", disse Vhils à agência Lusa.

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O artista Alexandre Farto, conhecido como Vhils, inaugurou um mural com uma imagem do poeta Camilo Pessanha, no jardim do Consulado de Portugal em Macau, cidade onde o poeta viveu e morreu. "Conheço parte da obra dele e foi uma pessoa relevante para a história de Macau, mas a ideia aqui não é fazer julgamentos de história, nem de nada. O nome da peça é 'Invisível, Visível' e a ideia destas obras, que fazem sempre uma ligação com a história local, é tornar essa história, que muitas vezes está invisível, visível, sem julgamentos. É basicamente expor a história e gerar a discussão em relação à pessoa e à obra", disse Vhils à agência Lusa.

O artista disse que "o trabalho de pesquisa", para fazer um mural em Macau, "foi intenso e levou algum tempo". "Com a obra e a relevância que ele [Pessanha] tinha para a história de Macau, era a pessoa certa", disse Vhils.

Vhils explicou à Lusa que, para fazer o mural, "a imagem é trabalhada, é feito um desenho, uma divisão de cores desse desenho e, depois, são pintados na parede esses diferentes tons". "Dependendo do tom e da própria parede, dos diferentes tons que vai tendo, cada tom vai a uma profundidade mais funda e a outra mais superficial, e é jogar com estas camadas que o muro tem que, no final, revelam e fazem um rosto." "É quase uma escultura no final, mas a partir de uma imagem", afirmou.

No mês passado, Vhils fez um mural com José Saramago, em Madrid, e disse agora à agência Lusa que "é possível" que surjam outros trabalhos seus com escritores portugueses: "Depende dos projectos e depende muito das situações. Este é um projecto específico em que tenho estado a trabalhar, tem muito a ver com a literatura, também com a relevância de alguns poetas e escritores portugueses, mas sim, é possível".

O mural de Macau resultou de uma parceria entre a Casa de Portugal em Macau e o Consulado-geral de Portugal, em Macau e Hong Kong. Na inauguração, a presidente da Casa de Portugal, Amélia António, disse que este é "um marco no trabalho de divulgação da cultura portuguesa e dos artistas portugueses" da Casa de Portugal em Macau, que este ano comemora 15 anos, e manifestou especial satisfação por poder, neste aniversário, "entregar à cidade, aos residentes, aos turistas" uma obra de Vhils, que "tem tudo a ver" com Macau.

"Através do génio de Vhils e da imortalidade de Pessanha, estamos a celebrar Portugal a dez mil quilómetros de distância e a cimentar os laços seculares portugueses com os nossos amigos da Região Administrativa Especial de Macau e da República Popular da China", acrescentou.