Rudy Giuliani fora da administração Trump
Em comunicado, Donald Trump informou que o nome do antigo mayor de Nova Iorque foi descartado. Já o presidente do Goldman Sachs é o favorito para liderar o Conselho Económico da Casa Branca.
O antigo mayor de Nova Iorque Rudy Giuliani, um dos mais carismáticos apoiantes de Donald Trump durante a campanha eleitoral, não vai fazer parte da administração do futuro Presidente dos EUA.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O antigo mayor de Nova Iorque Rudy Giuliani, um dos mais carismáticos apoiantes de Donald Trump durante a campanha eleitoral, não vai fazer parte da administração do futuro Presidente dos EUA.
Depois de meses de especulação em que o nome de Giuliani era o favorito para ocupar o cargo de secretário de Estado, o Presidente eleito Donald Trump divulgou um comunicado em que explica que, depois de uma reunião com Rudy Giuliani, o antigo mayor “retirou o seu nome de ponderação para uma posição na nova administração”.
Apesar da decisão, Trump elogia Giuliani, garantindo que procurará aconselhamento junto do apoiante enquanto ocupar a Casa Branca: “Rudy Giuliani é um americano extraordinariamente talentoso e patriótico (…) Ele é e vai continuar a ser um amigo próximo e, quando for apropriado, vou recorrer a ele para aconselhamento e vejo um lugar importante para ele na administração numa data futura”.
Já Giuliani diz que não tem dúvidas de que Trump vai ser um “grande Presidente” mas que vai continuar a dedicar-se à sua empresa de advocacia e consultoria.
A vaga para secretário de Estado é, por esta altura, uma das poucas que faltam preencher na equipa que acompanhará Donald Trump durante o seu mandato como Presidente. Sendo uma das mais importantes, depois do próprio Presidente e do vice-presidente, e o equivalente ao ministro dos Negócios Estrangeiros em Portugal, são vários os nomes dados como candidatos ao posto. Entre eles estão o antigo candidato presidencial republicano Mitt Romney e o presidente executivo da empresa Exxon Mobil Rex Tillerson.
Presidente do Goldman Sachs para Conselho Económico
O presidente do Goldman Sachs, Gary Cohn, deverá ser escolhido pelo vencedor das eleições presidenciais norte-americanas para um destacado cargo com responsabilidades na economia dos EUA, avançaram esta sexta-feira vários meios de comunicação.
Cohn, com 56 anos, poderá liderar o Conselho Económico Nacional da Casa Branca, o que o obrigará a abandonar o cargo que lhe proporciona 21 milhões de dólares (19,9 milhões de euros) por ano.
A possibilidade foi avançada pelo canal de televisão NBC e pela agência noticiosa AP.
Por várias vezes, durante a campanha eleitoral, Donald Trump criticou este banco icónico de Wall Street. Porém, com a eventual selecção de Cohn, três das principais funções do governo de Trump estariam ocupadas por pessoas com passagem pelo Goldman Sachs.
Steven Mnuchin, o nomeado para a Secretaria do Tesouro, e Steve Bannon, o principal estratego de Trump, também trabalharam no banco.
O Conselho Económico ajuda a coordenar questões internas e globais, fornecendo conselhos de política económica ao Presidente e monitorizando a realização da agenda da Casa Branca através do governo.
Durante a campanha, Trump atacou repetidamente os seus rivais pelas ligações ao Goldman Sachs. Criticou o seu opositor Ted Cruz, nas primárias republicanas, por aceitar empréstimos do banco, onde a esposa trabalha, para ajudar a pagar a sua campanha para o Senado do Estado do Texas em 2012.
E censurou Hillary Clinton por aceitar somas avultadas pelos seus discursos a quadros do Goldman Sachs e por não revelar o que disse aos banqueiros. "Eu conheço os tipos do Goldman Sachs", afirmou Trump durante um comício no Estado da Carolina do Sul, em Fevereiro, quando estava em disputa acesa com Cruz. "Eles têm um controlo total, total, sobre ele. Tal como têm controlo total sobre Hillary Clinton", afirmou.
Trump até exibiu um vídeo do presidente executivo do banco, Lloyd Blankfein, num anúncio de campanha em que se ouvia em voz de fundo: "Hillary Clinton reúne-se em segredo com banqueiros internacionais para conspirar a destruição da soberania dos EUA e enriquecer estes poderes financeiros globais, os seus especiais amigos dos interesses e os seus financiadores".
Mas parece que Trump mudou de opinião. A 9 de Dezembro, durante um discurso em Des Moines, no Estado do Iowa, Trump disse: "Quero pessoas que fizeram fortuna, porque agora estão a negociar consigo, ok?".