Marcelo com "muita esperança" de que números de Novembro confirmem défice de 2,5%
O Presidente da República considerou nesta quinta-feira em Faro que os números da execução orçamental até Outubro "são francamente bons" e disse ter "muita esperança" de que os números de Novembro confirmem um valor aproximado do défice de 2,5%.
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O Presidente da República considerou nesta quinta-feira em Faro que os números da execução orçamental até Outubro "são francamente bons" e disse ter "muita esperança" de que os números de Novembro confirmem um valor aproximado do défice de 2,5%.
"Os números que são conhecidos de execução orçamental são francamente bons até Outubro e eu tenho esperança, muita esperança, que os números que virão a ser conhecidos relativamente a Novembro virão confirmar um valor que ande à volta dos 2,5% do défice", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.
Questionado pelos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa comentava as previsões divulgadas hoje pelo FMI, que estima que a economia portuguesa cresça 1,3% este ano e no próximo, mostrando-se ligeiramente mais optimista do que o Governo para 2016, mas mais pessimista para 2017.
Falando à margem de uma visita a uma instituição, e questionado sobre se Portugal irá necessitar de mais austeridade, o Presidente da República explicou que os relatórios das instituições internacionais "vêm sempre um pouco atrasados", já que os números que vão ser conhecidos "são números que acabaram de ser apurados" e os relatórios estão feitos há mais de um mês e "têm que ser actualizados".
Num comunicado após a quinta missão de acompanhamento pós-programa de resgate a Portugal, que decorreu entre 29 de Novembro e a passada quarta-feira, o FMI melhorou ligeiramente as previsões de crescimento económico, uma vez que, em Outubro, quando divulgou as últimas estimativas previa que o Produto Interno Bruto (PIB) crescesse 1% em 2016 e 1,1% em 2017.
Agora, a equipa de missão liderada por Subir Lall antevê que a economia portuguesa cresça 1,3% em cada um dos anos, ligeiramente acima dos 1,2% previstos pelo Governo para 2016, mas abaixo dos 1,5% estimados para o próximo ano, segundo o Orçamento do Estado para 2017 (OE2017).