Ronaldo e a fuga ao fisco: "Quem não deve não teme"
O jogador português teve apenas uma frase quando foi questionado sobre as suspeitas de fuga aos impostos.
Cristiano Ronaldo foi sucinto quando foi questionado sobre se estava preocupupado em relação às investigações que estão a decorrer em Espanha relacionadas com uma alegada fuga ao pagamento de impostos que, de acordo com vários órgãos de comunicação social internacionais, poderia ascender aos 150 milhões de euros. "Acha que estou preocupado? Quem não deve não teme", limitou-se a afirmar o futebolista em passo acelerado à RTP enquanto percorria a zona mista, após o jogo entre o Real Madrid e o Borussia Dortmund.
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Cristiano Ronaldo foi sucinto quando foi questionado sobre se estava preocupupado em relação às investigações que estão a decorrer em Espanha relacionadas com uma alegada fuga ao pagamento de impostos que, de acordo com vários órgãos de comunicação social internacionais, poderia ascender aos 150 milhões de euros. "Acha que estou preocupado? Quem não deve não teme", limitou-se a afirmar o futebolista em passo acelerado à RTP enquanto percorria a zona mista, após o jogo entre o Real Madrid e o Borussia Dortmund.
Em Espanha, o jornal El Mundo noticiou ontem que as investigações à suposta fuga ao fisco por parte de Cristiano Ronaldo está em curso, citando fontes do Ministério das Finanças. Segundo as mesmas fontes, a inspecção às três empresas com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal na Caraíbas, que presumivelmente negociaram os direitos de imagem do jogador segue "em silêncio e ao seu ritmo" e "está adiantada".
Formalmente acusados de fuga aos impostas foram já vários outros jogadores, como Xabi Alonso, Ángel di María, Radamel Falcao e os portugueses Ricardo Carvalho e Fábio Coentrão.
A 2 de Dezembro, os membros do European Investigative Collaborations (EIC), um consórcio de órgão de comunicação social e que inclui o Expresso e o El Mundo, entre outros, noticiaram que Cristiano Ronaldo evadiu, supostamente, 150 milhões de euros em impostos através de uma sociedade nas Ilhas Virgens.
A informação, que também envolve mais jogadores, entre os quais outro internacional português, Pepe, foi colhida a partir de 1.900 gigabytes de documentos a que o referido consórcio europeu teve acesso e sobre os quais trabalharam 60 jornalistas durante mais de sete meses.
De acordo com os documentos, cedidos aos citados jornais pela plataforma digital "Football Leaks", são muitas a estrelas do futebol internacional que se esforçam por ocultar os seus rendimentos ao fisco.