Portugal vai participar em missões de paz da NATO na Lituânia e na Roménia

Nova operação no Mediterrâneo da Aliança Atlântica e a ciberdefesa são outras áreas de interesse nacional, diz ministro português.

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Em estudo está ainda a participação portuguesa no novo Centro Europeu de Resposta às Ameaças Híbridas JOHN THYS/AFP

Portugal vai participar na nova missão da NATO no Mediterrâneo Guardião dos Mares e nas medidas de manutenção da paz na Lituânia, bem como em operações concebidas à medida das necessidades na Roménia, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que participou na reunião dos chefes da diplomacia dos países da Aliança Atlântica em Bruxelas. "O Conselho de Segurança Nacional aprovou as escolhas esta semana, mas cabe ao ministro da Defesa fazer os anúncios pormenorizados", explicou Santos Silva.

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Portugal vai participar na nova missão da NATO no Mediterrâneo Guardião dos Mares e nas medidas de manutenção da paz na Lituânia, bem como em operações concebidas à medida das necessidades na Roménia, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que participou na reunião dos chefes da diplomacia dos países da Aliança Atlântica em Bruxelas. "O Conselho de Segurança Nacional aprovou as escolhas esta semana, mas cabe ao ministro da Defesa fazer os anúncios pormenorizados", explicou Santos Silva.

Em estudo está ainda a participação portuguesa no novo Centro Europeu de Resposta às Ameaças Híbridas, que começará a funcionar na Finlândia, a partir de 2017, e que deverá funcionar de forma sincronizada com a Aliança Atlântica, ao abrigo do novo acordo de cooperação entre a União Europeia e a NATO, que começou a ser concretizado nesta reunião em Bruxelas.

"Na área da ciberdefesa já temos um papel importante, porque fica instalado em Oeiras o centro de formação da Academia da NATO, e já temos relações com o Centro de Excelência de Talin [Estónia] em Ciberdefesa", sublinhou o governante.

Num momento em que a NATO tenta reinventar-se, Portugal tem sido um dos maiores defensores da chamada estratégia 360, afirmou Santos Silva – projectar estabilidade não só a Leste, como é tradicional, mas também para Sul, para o Médio Oriente e Norte de África, face a riscos como o terrorismo e pressões como a imigração. "Sublinhamos a necessidade de trabalhar com outras organizações, não só com a União Europeia, mas também com as Nações Unidas e a União Africana. A projecção de estabilidade tem de estar ligada a uma componente de dissuasão, porque as ameaças a Sul são não convencionais, relacionadas sobretudo com o terrorismo", disse Augusto Santos Silva.

A reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO serviu também para contactos bilaterais com alguns países – com o Montenegro, que teve luz verde para a adesão, mas aguarda que todos os restantes 28 países da Aliança Atlântica a ratifiquem, para poder ser um membro de pleno direito. O caso dos Estados Unidos, com a mudança de Administração – e garantia da maioria republicana no Senado, que tem de ratificar a adesão – deixa o Governo do Montenegro com os nervos à flor da pele. As eleições legislativas, no fim de Outubro, foram agitadas pela notícia de uma tentativa de golpe de Estado com assassínio do primeiro-ministro incluída, organizada por sérvios.

O processo de ratificação por Portugal da adesão do Montenegro está a decorrer – está neste momento a ser analisado pelas comissões de Negócios Estrangeiros e de Defesa Nacional, explicou Santos Silva. "Logo que acabem, pode seguir para o Presidente da República, que poderá ratificá-la. Julgo que todo o processo estará terminado até Janeiro."

A jornalista viajou a convite da NATO