Um general, ex-ministros e empresários vão aconselhar Passos Coelho

Conselho Estratégico reúne pela primeira vez oito meses depois de ser criado

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Conselho estratégico faz regressar barões do PSD, como Martins da Cruz Reuters/CHIP EAST

Ex-ministros do PSD, consultores do antigo Presidente da República Cavaco Silva e independentes como o general Loureiro dos Santos ou Diogo de Lucena (administrador da Fundação Gulbenkian) estão entre os 25 membros do Conselho Estratégico do PSD, um órgão de consulta do líder do partido, que reuniu esta segunda-feira pela primeira vez oito meses depois de ter sido anunciado. Passos Coelho esteve nesta primeira reunião. 

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Ex-ministros do PSD, consultores do antigo Presidente da República Cavaco Silva e independentes como o general Loureiro dos Santos ou Diogo de Lucena (administrador da Fundação Gulbenkian) estão entre os 25 membros do Conselho Estratégico do PSD, um órgão de consulta do líder do partido, que reuniu esta segunda-feira pela primeira vez oito meses depois de ter sido anunciado. Passos Coelho esteve nesta primeira reunião. 

Presidido pelo dirigente social-democrata, José Matos Correia, o Conselho Estratégico tem na sua composição dois antigos consultores do Presidente Cavaco Silva, David Justino (antigo ministro da Educação) e Abílio Morgado para os assuntos de Segurança. Outro antigo ministro de Durão Barroso (da pasta dos Negócios Estrangeiros) que compõe a lista de personalidades é Martins da Cruz, embaixador reformado.

Além de especialistas em várias áreas - como Ana Fonseca, da Ordem dos Enfermeiros -, o órgão de consulta do presidente do PSD integra gestores empresariais como Luís Filipe Reis, chief corporate center officer da Sonae, Horácio Sá, CEO da Mota-Engil Engenharia, e António Murta, vice-presidente da COTEC. Fazem ainda parte Manuel Meirinhos, professor catedrático do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.

À margem da reunião, que decorreu à porta fechada num hotel de Lisboa, José Matos Correia sublinhou aos jornalistas a natureza independente de muitos dos membros deste órgão. “É importante que os partidos atraiam a sociedade civil. A grande maioria dos membros não são do partido nem fazem da política o seu dia-a-dia”, afirmou, referindo que esta característica permite trazer uma “perspectiva mais arejada” para o partido. Questionado pelos jornalistas sobre que temas já tinham sido abordados, o social-democrata escusou-se a revelar o teor da discussão, mas adiantou que os membros do Conselho Estratégico estavam a falar “livremente sobre o que pensam sobre Portugal”. Quanto ao modo de funcionamento no futuro, os elementos vão participar “quer a pedido do partido quer por iniciativa própria”, acrescentou.

Depois de ter sido anunciada a reactivação deste órgão no congresso do partido, em Abril passado, o Conselho Estratégico só viu os estatutos aprovados no passado mês de Julho. Matos Correia deixou de ser vice-presidente do partido para presidir a esta estrutura, embora a função esteja equiparada àquele cargo.