A festa dos videojogos
O evento esteve cheio e continua a ser o maior do país, tendo sido visitado por cerca de 48 mil pessoas. Para o ano, há mais festa
Festa dos videojogos Lisboa, FIL, sexta-feira, 10h. As portas do Lisboa Games Week 2016 abrem. Alguns jovens, assim que entram, correm. Correm como algo de importante os esperasse. Correm porque não aguentam mais. Correm porque o maior evento de videojogos no país, finalmente, abriu as suas portas.
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Festa dos videojogos Lisboa, FIL, sexta-feira, 10h. As portas do Lisboa Games Week 2016 abrem. Alguns jovens, assim que entram, correm. Correm como algo de importante os esperasse. Correm porque não aguentam mais. Correm porque o maior evento de videojogos no país, finalmente, abriu as suas portas.
Lá dentro, o espaço é ligeiramente maior do que as edições anteriores, mas, em pouco mais se nota uma evolução. A Sony ocupa, praticamente, a mesma área, e sim, continua colossal (compreensível, dada a sua presença no nosso país), onde, pessoalmente, o que mais apreciei foi o espaço concedido aos estúdios que concorreram ao Prémios PlayStation. Nessa zona, lá andava Ricardo Flores da B5. "Ainda falta investimento a sério em Portugal, mas, iniciativas como esta, vêm de certa forma, ajudar no desenvolvimento da indústria", confessa.
Os visitantes, além de poderem desfrutar dos jogos a concurso, podiam igualmente votar no seu favorito (uma boa iniciativa). Quanto às outras conhecidas marcas de hardware, desta vez, a ausência coube à Nintendo (supostamente, tinha pouco para mostrar), visto que, ao contrário do ano anterior, a Microsoft estava presente. Bem-vinda Microsoft — por favor, não se esqueçam do nosso país. A concorrência entre estas grandes marcas, torna o mercado mais competitivo e o consumidor agradece.
Na segunda metade do espaço estava uma série de lojas, vendendo todo o tipo de periféricos, assim como, sistemas do actual até ao retro — onde provavelmente, o maior destaque era a promoção da PS4 Slim a 200 euros (o que me deixou todo roído, visto que comprei uma PS4 Slim, por mais 100, duas semanas antes). No final do pavilhão, um palco para os torneios de e-sports, acompanhados pelos famosos YouTubers. Os ídolos de muita juventude, onde a fila para os autógrafos, rapidamente assumiu algumas horas de espera. Eles são decisivamente as estrelas do evento.
Voltando quase à entrada, lá estava o espaço retro, como sempre da responsabilidade de Mário Tavares e do seu Museu de videojogos Nostalgica. Sempre sorridente, sempre de braços abertos, Tavares, recorda: "na primeira edição do Lisboa Games Week, estava a viver um sonho, hoje é uma realidade". Arcades, flippers, consolas, computadores de todos os tamanhos, de todos os feitios, comprovam isso mesmo. O retro está vivo. E pela quantidade de adultos lá presentes (muitos acima dos 30 anos), os videojogos, não são, decisivamente, só uma coisa de jovens.
Um pouco mais a frente, talvez a única novidade em termos de ocupação de espaço. O anexo, onde estava presente um auditório, acompanhado dos vários produtores de videojogos indie, tanto nacionais, como internacionais, pertencendo a sua organização à Indie Dome.
Infelizmente, um dos maiores pecados do Lisboa Games Week é a sua comunicação. Além de aquele espaço não estar sinalizado, a sua porta estava, praticamente, obstruída por um monólito do Injustice 2. Pouca gente se apercebeu da existência daquela área, e mesmo aqueles que a encontraram não perceberam bem do que se tratava. Nem sequer consegui deslumbrar uma agenda visível do palco (se existia, não a encontrei).
No final, a edição deste ano, na minha opinião, foi quase um Lisboa Games Week 1.3. Ou seja, ligeiramente diferente do anos anteriores, mas com os mesmos problemas de comunicação, que teimosamente persistem — alguns deles resolvidos pelo caminho.
O evento esteve cheio e continua a ser o maior do país, tendo sido visitado por cerca de 48 mil pessoas. Para o ano, há mais festa.