Juiz espanhol proíbe a publicação de mais notícias sobre os Football Leaks

Grupo de jornais europeus revelou esquema de fuga ao fisco de futebolistas e treinadores.

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Cristiano Ronaldo Reuters/ALBERT GEA

O juiz Arturo Zamarriego proibiu os 12 jornais que integram o consórcio de órgãos de comunicação social (EIC) de publicarem mais notícias relacionadas com o escândalo Football Leaks, defendendo a tese de que os dados que sustentam as notícias foram obtidos de forma ilegal.

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O juiz Arturo Zamarriego proibiu os 12 jornais que integram o consórcio de órgãos de comunicação social (EIC) de publicarem mais notícias relacionadas com o escândalo Football Leaks, defendendo a tese de que os dados que sustentam as notícias foram obtidos de forma ilegal.

O magistrado pediu mesmo às autoridades judiciais alemãs para que impeçam a revista alemã Der Spiegel, que lidera a investigação e que reuniu 18 milhões de documentos, de publicar mais notícias que envolva os clientes da sociedade Senn Ferrero, entre os quais se encontram Cristiano Ronaldo, José Mourinho e Jorge Mendes.

O juiz sustenta a sua decisão no artigo 6.1 do Convénio de Maio de 2000 relativo à colaboração judicial em matéria penal entre os Estados-membros da União Europeia.

Os órgãos de comunicação social que integram o consórcio receberam a notícia com estupefacção, afirmando tratar-se de um ataque sem precedentes à liberdade de expressão na Europa. E todos os 12 jornais (entre os quais se inclui o português Expresso) manifestaram a intenção de continuar a publicar informação sobre o caso.

Também a organização Repórteres sem Fronteiras emitiu nesta segunda-feira um comunicado em que condena “firmemente” a decisão do juiz Arturo Zamarriego de proibir a publicação de informações sobre o Football Leaks. Para esta associação, a decisão “é mais uma tentativa de censura feita através dos tribunais”.