Portugal colocou em aterro 34% do lixo em 2015

Governo admite que valor "está longe do desejável".

Foto
FERNANDO VELUDO/nFactos

O secretário de Estado do Ambiente revelou neste domingo que, em 2015, 34% do lixo produzido pelos portugueses foi depositado em aterro, o que "está longe do desejável", mas reflecte uma evolução.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O secretário de Estado do Ambiente revelou neste domingo que, em 2015, 34% do lixo produzido pelos portugueses foi depositado em aterro, o que "está longe do desejável", mas reflecte uma evolução.

"Os dados de 2015, que vão ser editados ainda durante Dezembro, permitem dizer que só 34%" do lixo vai para aterro, o que, "face à nossa situação recente, é uma evolução que devemos realçar", disse Carlos Martins, em declaração à agência Lusa.

O governante salientou que "a tendência para a não deposição em aterro vem das políticas estratégicas de há alguns anos". "Estamos longe dos 10 ou 15% que seriam desejáveis, mas, por um lado, temos cumprido o desvio de matéria orgânica dos aterros".

"A quantidade que vai para aterro está nos 34% mercê dos investimentos fortes feitos em infra-estruturas, nomeadamente nos tratamentos mecânicos e biológicos", explicou o responsável do Ministério do Ambiente.

Em 2014, segundo o último Relatório do Estado do Ambiente, elaborado pela APA, a deposição em aterro era o destino de 42% do lixo.

O objectivo é a eliminação progressiva do encaminhamento de resíduos para aterro de modo a conseguir acabar com a deposição directa de lixo urbano em aterro até 2030.

Os resíduos urbanos produzidos em Portugal continental em 2014 atingiram 4,474 milhões de toneladas e foram sujeitos, além da deposição em aterro, a valorização energética (19%), tratamento mecânico e biológico (19%), valorização material (9%), tratamento mecânico (9%) e valorização orgânica (2%).