Salomé Lamas: a vencedora do Porto/Post/Doc é portuguesa

Júri atribuiu o Grande Prémio do festival a esta viagem a uma paisagem literalmente de fim do mundo.

Foto
Eldorado XXI foi filmado nos Andes Peruanos, a 5500 metros de altitude DR

Eldorado XXI, a espantosa longa-metragem que Salomé Lamas trouxe de La Rinconada y Cerro Lunar, a 5500m de altitude nos Andes peruanos, é o vencedor da terceira edição do Porto/Post/Doc, que encerra este domingo. O júri composto pelas realizadoras Leonor Teles e Joana Pimenta e pelas académicas Cornelia Lund e Isabel Capeloa Gil atribuiu o Grande Prémio do festival a esta viagem a uma paisagem, literalmente, de fim do mundo, segunda longa-metragem da cineasta e artista multimedia após Terra de Ninguém.

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Eldorado XXI, a espantosa longa-metragem que Salomé Lamas trouxe de La Rinconada y Cerro Lunar, a 5500m de altitude nos Andes peruanos, é o vencedor da terceira edição do Porto/Post/Doc, que encerra este domingo. O júri composto pelas realizadoras Leonor Teles e Joana Pimenta e pelas académicas Cornelia Lund e Isabel Capeloa Gil atribuiu o Grande Prémio do festival a esta viagem a uma paisagem, literalmente, de fim do mundo, segunda longa-metragem da cineasta e artista multimedia após Terra de Ninguém.

Ao PÚBLICO, Salomé Lamas confessou-se surpreendida mas particularmente satisfeita com o facto deste prémio marcar o início da carreira de Eldorado XXI em Portugal. Em paralelo com a estreia nacional do filme no Porto/Post/Doc, Lamas irá exibir em Lisboa a partir do próximo dia 16, na galeria Miguel Nabinho, a instalação multimedia Mount Ananea, que estreou em Serralves em 2015 e que nasceu precisamente a partir das repérages e do trabalho preparatório para Eldorado XXI. O filme teve estreia mundial em Fevereiro último no festival de Berlim e deverá entrar no circuito comercial no início de 2017.

Um outro filme português foi igualmente premiado no festival portuense: Ama-san, de Cláudia Varejão, já vencedor do concurso nacional Doclisboa, recebeu o Prémio Teenage, atribuído por um júri separado composto por alunos de escolas secundárias e profissionais do Grande Porto.

O júri oficial atribuiu ainda uma menção honrosa a Les Sauteurs, produção dinamarquesa sobre o Monte Gourougou, zona fronteiriça entre Marrocos e Melilla onde se congregam os migrantes que procuram uma vida melhor, co-dirigida por Estephan Wagner, Moritz Siebert e o maliano Abou Bakar Sidibé. Sidibé, ele próprio um dos migrantes que habitava Gourougou e que se juntou à equipa do filme, recebeu igualmente o Prémio Biberstein Gusmão para autores emergentes.

O júri separado School Trip, formado pela artista Joana Machado e pelos realizadores Eryk Rocha e Andrés Duque, premiou como melhor filme de escola Vandoma, um documentário de 12 minutos realizado por três estudantes da Universidade Católica, Bernardo Bordalo, Bruno Lança e Rui Oliveira.