O “Feliz Natal” da Câmara do Porto neste ano é o Mercado do Bolhão

"A sua ceia de Natal começa no Mercado do Bolhão" é o mote desta fase da campanha, pré-anunciada esta sexta-feira e que estará na rua na próxima semana

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Os portuenses são convidados a irem às compras ao mercado antes de ele entrar em obras Nelson Garrido

Este ano, a cidade do Porto não vai ter cartazes da autarquia a desejar “Feliz Natal” ou “Boas Festas”. Em vez disso, em 250 mupis vão aparecer cartazes com imagens dos vendedores do Mercado do Bolhão, a mostrar os seus produtos e apelando a que as compras da época sejam feitas ali. “As nossas ‘Boas Festas’, a nossa campanha de Natal deste ano é o Bolhão, um apelo a que a ceia de Natal seja comprada no mercado”, diz Nuno Santos, o responsável pela comunicação na Câmara do Porto.

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Este ano, a cidade do Porto não vai ter cartazes da autarquia a desejar “Feliz Natal” ou “Boas Festas”. Em vez disso, em 250 mupis vão aparecer cartazes com imagens dos vendedores do Mercado do Bolhão, a mostrar os seus produtos e apelando a que as compras da época sejam feitas ali. “As nossas ‘Boas Festas’, a nossa campanha de Natal deste ano é o Bolhão, um apelo a que a ceia de Natal seja comprada no mercado”, diz Nuno Santos, o responsável pela comunicação na Câmara do Porto.

Enquanto ainda se aguarda o lançamento do concurso para a reabilitação do edifício, já está na rua o início da campanha prometida pelo município para colocar o Bolhão nos olhos de quem passa pela cidade. O arranque foi marcado esta sexta-feira com anúncios de página inteira em vários órgãos de comunicação (incluindo o PÚBLICO), em que se vê o símbolo do mercado, criado no âmbito da marca Porto., e a frase “A sua ceia de Natal começa no Mercado do Bolhão”. Na terça-feira da próxima semana, a frase continua, mas a imagem muda de figura, para dar lugar aos vendedores e aos seus produtos, sem faltar o bacalhau, o polvo ou a hortaliça.

São eles que vão andar espalhados por páginas de jornais e revistas e pelos mupis do Porto. Anunciando o que vendem, mostrando quem são e incentivando os portuenses a irem comprar ao mercado histórico, de onde os vendedores deverão sair temporariamente no próximo ano, para que o edifício possa ser reabilitado. “Queremos demonstrar a importância que os vendedores têm, que eles são a alma do Bolhão, por isso, toda ela foi feita no mercado, com produtos de lá e a participação dos vendedores”, diz Nuno Santos.

A aposta numa forte estratégia de comunicação para acompanhar a reabilitação do mercado já fora anunciada, em Novembro, na reunião de câmara extraordinária em que a vereação recebeu um ponto da situação do processo. Na altura, além da divulgação de várias estratégias que passarão por ofertas, cartazes e sinalética a indicar o futuro mercado temporário no centro comercial La Vie, foi dito que a campanha de animação e publicidade para atrair clientes para o Bolhão iria iniciar-se já em 2016, aproveitando o período de Natal.

O assessor da Câmara do Porto diz que esta é “a maior campanha” que o executivo de Rui Moreira fez até à data, realçando: “É a primeira campanha em cem anos do Mercado do Bolhão”. Mas alerta que a publicidade por si só não chega, se a cidade não corresponder. “Se a cidade quer ter o seu mercado de frescos e não um shopping, a câmara tem que fazer o primeiro esforço, mas depois as pessoas têm que ir lá comprar”, diz.

A campanha publicitária surge numa altura em que o concurso público para o restauro e modernização do Mercado do Bolhão, com o valor global de 25 milhões de euros, ainda não foi lançado. Nuno Santos continua a garantir que o lançamento “está por dias”, estando a ser ultimados os “necessários procedimentos administrativos”.

O calendário apresentado para o mercado prevê que os vendedores do interior e comerciantes do exterior abandonem o Bolhão no segundo trimestre de 2017, instalando-se no La Vie Porto, pelo prazo mínimo de 20 meses, enquanto decorrem as obras no edifício classificado como monumento de interesse público. Em Novembro, aquando da apresentação feita aos vereadores, Cátia Meirinhos, do Gabinete do Mercado do Bolhão, indicou que, dos 91 comerciantes do interior do mercado, 60 já tinham decidido que queriam continuar no local, aceitando transferir-se temporariamente para o La Vie. A responsável disse ainda que 15 comerciantes, porque “não têm família a quem passar as bancas e porque atingiram uma idade que não lhes permite continuar” optaram por deixar o Bolhão. Havia ainda 16 pessoas que estavam em fase de decisão, havendo a expectativa que “nove ou dez” deles iriam optar por continuar, disse. A câmara não tem ainda novidades sobre os indecisos.