Visita dos reis de Espanha consumou "uma dupla na Europa”, diz Marcelo
Presidente português afirma que visita de Estado foi “um sucesso absoluto” e antecipa sucessos na cimeira luso-espanhola do próximo ano.
Na véspera da comemoração dos 376 anos da restauração da independência de Portugal, a cumplicidade entre o Presidente da República e os monarcas espanhóis revelou-se imaculada e virada para o futuro. Após o último acto da visita de Estado, que terminou na Fundação Champalimaud, o balanço feito por Marcelo Rebelo de Sousa não podia ser melhor: “Foi um sucesso absoluto, politicamente, economicamente, socialmente, pessoalmente”, afirmou, em castelhano, aos jornalistas.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Na véspera da comemoração dos 376 anos da restauração da independência de Portugal, a cumplicidade entre o Presidente da República e os monarcas espanhóis revelou-se imaculada e virada para o futuro. Após o último acto da visita de Estado, que terminou na Fundação Champalimaud, o balanço feito por Marcelo Rebelo de Sousa não podia ser melhor: “Foi um sucesso absoluto, politicamente, economicamente, socialmente, pessoalmente”, afirmou, em castelhano, aos jornalistas.
“Uma contribuição essencial para uma dupla na Europa e no universo ibero-americano, e também na comunidade portuguesa e na cooperação muito intensa, com projectos concretos, a preparar a cimeira dos dois países no próximo ano. Magnífico para Portugal e para Espanha”, acrescentou.
O chefe de Estado luso reservou uma palavra para Felipe VI - “Um estadista, como demonstrou num período difícil em Espanha" que fez "intervenções magníficas, no parlamento, no Porto, em Guimarães” – e dois adjectivos para a rainha – “formidável, maravilhosa”. Com um acento cúmplice para a ex-jornalista Letizia Ortiz: “Eu conheço bem o mundo do jornalismo, de onde venho, é uma adaptação muito difícil às funções de Estado”.
Depois da cerimónia na Assembleia da República e uma passagem pela residência do embaixador de Espanha, com uma recepção à comunidade espanhola, os reis terminaram a visita na Fundação Champalimaud. Com uma razão especial: a parceria desta instituição com a Fundação Reina Sofia na investigação das doenças do foro neurológico Parkinson e Alzheimer. Ainda no início deste mês ali esteve a rainha-mãe, no âmbito das reuniões preparatórias da Cimeira Mundial do Alzheimer, que vai trazer a Lisboa, em Setembro do próximo ano, os mais conceituados investigadores desta área, explicou ao PÚBLICO o assessor Vítor Cunha.
Durante a visita feita à Fundação, Felipe e Letizia, acompanhados por Marcelo e pela presidente da instituição Leonor Beleza, demoraram-se pelos laboratórios de neurociências e pela clínica do cancro, conversaram com as duas dezenas de profissionais espanhóis que ali trabalham e encantaram-se com a arquitectura dos edifícios, em particular a enorme janela elíptica com o Tejo ao fundo do auditório, onde assinaram o livro de honra.
O chefe de Estado português, que esteve em Madrid logo no início do seu mandato, em Março, adiantou que "provavelmente no próximo ano" voltará a Espanha.