“Curiosa ironia” Felipe VI sair de Portugal no mesmo dia em que Felipe IV

Ribeiro e Castro, coordenador do Movimento 1.º de Dezembro de 1640, gostaria que os reis de Espanha estivessem presentes “com fair play” nas comemorações da Restauração da Independência.

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Ribeiro e Castro foi o rosto da contestação à suspensão do feriado do 1º de Dezembro RG RUI GAUDENCIO

José Ribeiro e Castro, coordenador-geral do Movimento 1º de Dezembro de 1640, tem pena que os reis de Espanha não fiquem em Portugal para as comemorações dos 376 anos da restauração da independência. “Seria muito bem vindo”, disse ao PÚBLICO.

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José Ribeiro e Castro, coordenador-geral do Movimento 1º de Dezembro de 1640, tem pena que os reis de Espanha não fiquem em Portugal para as comemorações dos 376 anos da restauração da independência. “Seria muito bem vindo”, disse ao PÚBLICO.

"Gostaríamos que estivesse presente, com fair play, nas comemorações da restauração. Vai ser uma festa bonita", brincou, congratulando-se pelo facto de a data voltar a ser feriado nacional.

O ex-líder do CDS assinala, aliás, a “curiosa ironia” que Felipe VI parta de volta a Madrid “exactamente no mesmo dia – 30 de Novembro – que foi o último do reinado de  Felipe IV de Espanha e III de Portugal”. “Achamos alguma graça" a este calendário, afirmou.

Mas o dirigente, que deu voz ao protesto pela suspensão do feriado do 1º de Dezembro durante o período da troika, sublinha não haver “nenhuma hostilidade” em relação aos monarcas espanhóis ou ao país que representa. “Como vizinhos e amigos, os reis e governantes espanhóis são sempre muito bem-vindos. Para mandarem em nós é que não gostamos nada”, acrescentou.