Centro Hospitalar do Porto é pela terceira vez o melhor do país
Ranking das melhores unidades de saúde foi apresentado esta terça-feira. Foram avaliados 41 hospitais.
Os prémios Top 5 - A Excelência dos Hospitais vão na terceira edição e, pela terceira vez consecutiva, o galardão de melhor hospital do país foi entregue ao Centro Hospitalar do Porto esta terça-feira. Aquele centro inclui o Hospital de Santo António, o Centro Manterno-Infantil do Norte e o Hospital Joaquim Urbano. Aliás, nos vários grupos de hospitais o Norte é quase sempre líder.
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Os prémios Top 5 - A Excelência dos Hospitais vão na terceira edição e, pela terceira vez consecutiva, o galardão de melhor hospital do país foi entregue ao Centro Hospitalar do Porto esta terça-feira. Aquele centro inclui o Hospital de Santo António, o Centro Manterno-Infantil do Norte e o Hospital Joaquim Urbano. Aliás, nos vários grupos de hospitais o Norte é quase sempre líder.
O trabalho de distinção dos hospitais é realizado pela consultora multinacional espanhola Iasist. O ranking divide as unidades hospitalares em cinco grupos, de acordo com a dimensão dos hospitais. São avaliados 41 hospitais de 50 em todo o país, excluindo-se unidades como os institutos portugueses de oncologia e as unidades psiquiátricas, explica João Completo, um dos autores do trabalho da Iasist, que foi anteriormente dirigido por Manuel Delgado, actual secretário de Estado da Saúde.
O "grupo E" distingue os maiores hospitais e contou com três nomeados: além do vencedor, chegaram ao pódio o Centro Hospitalar de São João, no Porto, e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
O ranking final apresentado nesta terça-feira, em Lisboa, revelou apenas os três melhores classificados de cada grupo e o vencedor final. Nestes resultados são ponderados vários indicadores relacionados com a “qualidade assistencial”, como é o caso da mortalidade, das complicações e das readmissões de doentes – tendo sempre em consideração a gravidade dos doentes atendidos, clarifica João Completo.
Mais cirurgias sem internamento
São também estudados critérios de “adequação”, onde entra por exemplo o peso das cirurgias feitas em ambulatório em relação ao peso de todas as operações que poderiam ter sido feitas sem recurso a internamento. No campo da “eficiência” é tido em consideração o tempo médio de internamento dos doentes, o número de doentes por médico e por enfermeiro e os custos por cada doente tratado.
João Completo destaca que os vencedores nunca podem ter resultados muito desviados nestes indicadores ou são excluídos. O especialista reforça também que, em geral, os vencedores deste Top 5 conseguem ter mais qualidade com menos tempo de internamento, menos custos e menos readmissões. Fazem também mais cirurgias em que o doente não fica internado e a produção dos médicos e enfermeiros é maior.
Quanto aos restantes prémios, no "grupo B", o que reúne os hospitais mais pequenos, o vencedor foi o Centro Hospitalar Póvoa Varzim/Vila do Conde, mas também estavam nomeados o Hospital Santa Maria Maior (Barcelos) e o Hospital de Vila Franca de Xira.
O Centro Hospitalar Tâmega e Sousa e os hospitais de Cascais e Beatriz Ângelo estavam nomeados no "grupo C" e o galardão foi para o Hospital de Cascais.
Já no "grupo D" o Hospital de Braga foi o grande vencedor, superando o Centro Hospitalar Tondela-Viseu e o Hospital Espírito Santo (Évora).
Unidades Locais de Saúde distinguidas
Num grupo à parte foram analisadas as Unidades Locais de Saúde (ULS) e a distinção foi para a ULS de Matosinhos, que estava nomeada com a ULS do Alto Minho e a ULS do Nordeste.
Presente na entrega de prémios, o secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, felicitou os vencedores e aproveitou para destacar os ganhos que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem trazido ao país, apelando a que todos os presentes tenham a "ambição de melhorar a cada oportunidade".
O responsável destacou indicadores como a esperança média de vida e os resultados na oncologia. Mas assumiu que "vivemos mais mas mais doentes", referindo que "a doença crónica assume já o centro da despesa" do SNS e que são necessárias "lideranças políticas fortes" para que o sistema enfrente as várias pressões a que está sujeito.