Comissão de inquérito regressa mas sem respostas

Os deputados voltam a reunir-se para marcar audições logo depois de aprovado o Orçamento do Estado. Audições começam por ordem cronológica.

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Comissão de inquérito esteve suspensa durante mês e meio Enric Vives-Rubio

Em plena polémica sobre a administração da CGD, que já dura há um mês, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) vai retomar os trabalhos. O inquérito esteve suspenso durante o último mês e meio por causa da discussão do Orçamento, mas também porque aos deputados ainda não tinha chegado informação e documentação relevante para a discussão.<_o3a_p>

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Em plena polémica sobre a administração da CGD, que já dura há um mês, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) vai retomar os trabalhos. O inquérito esteve suspenso durante o último mês e meio por causa da discussão do Orçamento, mas também porque aos deputados ainda não tinha chegado informação e documentação relevante para a discussão.<_o3a_p>

Logo após a aprovação do OE, na terça-feira, dia 29, os deputados voltam a reunir-se, mas só para marcar as primeiras audições, que, como ficou acertado, começarão por ordem cronológica: ou seja, primeiro serão ouvidos os responsáveis no ano 2000.<_o3a_p>

A data para o início dessas audições ainda não está acertada, mas poderá ser no dia 6 de Dezembro. Contudo, a CPI não poderá trabalhar mais do que 15 dias, sendo um regresso aos solavancos, como tem funcionado desde que foi criada. Isto porque a Assembleia da República fecha para férias do Natal a partir de dia 23 e só retoma a 2 de Janeiro. 

A comissão continua no entanto a deparar-se com dificuldades de acesso a informação. Desde que foi suspensa, poucas foram as respostas que recebeu e quase nenhum documento importante foi recebido pelos deputados. Contudo, no início de Outubro, a CPI tinha aprovado um recurso ao Tribunal da Relação para que a justiça obrigasse a enviar a documentação pedida as entidades que se recusaram a fazê-lo. Contudo, a Relação ainda não comunicou às várias entidades a sua decisão. Em causa estão não só documentos pedidos ao Governo, à Caixa Geral de Depósitos, ao Banco de Portugal e à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.