Porta-Jazz é um festival em crescimento

Sétima edição da iniciativa da associação Porta-Jazz realiza-se nos dias 7 e 8 de Dezembro, no Teatro Rivoli, mas vai começar uma semana mais cedo noutros palcos portuenses.

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Os dias mantêm-se os mesmos, desde o lançamento da iniciativa em 2010: 7 e 8 de Dezembro são as datas fixas do festival Porta-Jazz, mas, este ano, o programa vai começar uma semana mais cedo, com o “bónus” de três concertos em palcos fora do Rivoli.

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Os dias mantêm-se os mesmos, desde o lançamento da iniciativa em 2010: 7 e 8 de Dezembro são as datas fixas do festival Porta-Jazz, mas, este ano, o programa vai começar uma semana mais cedo, com o “bónus” de três concertos em palcos fora do Rivoli.

À sétima edição, e pelo segundo ano consecutivo, o Porta-Jazz volta a assentar arraiais no Teatro Municipal do Porto, usufruindo do apoio renovado e aumentado da Câmara Municipal, e também da boa recepção registada pela “edição experimental” do ano passado

“Esta parceria é para continuar e para se tornar cada vez mais íntima”, disse esta quinta-feira ao PÚBLICO João Pedro Brandão, saxofonista e co-fundador da associação Porta Jazz, no final da conferência de imprensa de apresentação do programa para o festival deste ano.

O concerto de abertura (Rivoli – Auditório Manoel de Oliveira, dia 7, 18h) caberá ao quinteto do guitarrista Vítor Pereira, que tem dividido a sua carreira entre Portugal e o Reino Unido; o fecho (dia 8; 22h30) voltará a ficar a cargo do Coreto, a “orquestra da casa”, que este ano convida o contrabaixista e compositor sueco Torbjörn Zetterberg.

O aumento da presença de músicos estrangeiros é, de resto, uma das marcas da evolução e do crescimento do Porta-Jazz, assinala João Pedro Brandão. Este ano serão 20 os músicos vindos de fora (um terço dos protagonistas do festival), num trânsito que é já uma marca do festival. “Queremos criar vínculos cada vez mais fortes com outros artistas e outros centros de criação”, diz o responsável do Porta-Jazz, destacando a presença de músicos como o baterista norte-americano Michael Lauren, com “all stars” como Carlos Barreto, Nuno Ferreira ou Jeffrey Davis (dia 7; 22h30); o contrabaixista argentino Demian Cabaud, convidando o lendário Jeff Williams (bateria), Albert Bover (piano), Gonçalo Marques (trompete) e o saxofonista Miguel Fernandez (dia 8; 18h); ou o guitarrista Mané Fernandes, reunindo ao seu trio o baixista Nick Jurd e o baterista Edward Richardson (dia 8; 21h30).

Alguns destes músicos são também os autores dos últimos projectos gravados e editados pelo Carimbo Porta-Jazz – que conta já 28 títulos –, e dirigem também residências artísticas e oficinas.

Além dos 11 concertos que fazem o programa da sala principal do Rivoli, o festival Porta-Jazz será antecipado por três iniciativas "bónus": um concerto pelo Abe Rábade Trio (Auditório da Faculdade de Engenharia da UP, 30 de Novembro, 21h30); um encontro de escolas, oficina e concerto de combos (Conservatório de Música do Porto, dia 4, a partir das 11h); e um concerto com Mário Santos e o guitarrista francês de origem vietnamita Nguyên Le, seguido de jam session (Passos Manuel, dia 6, 22h).

“Nós queremos ser o verdadeiro festival de jazz do Porto”, diz João Pedro Brandão, a sintetizar a ambição do Porta-Jazz, e lembrando que este programa que periodicamente se realiza próximo do Natal é apenas a face mais visível das actividades promovidas ao longo do ano: do currículo da associação consta já mais de meio milhar de concertos.