O Palco aos Direitos Humanos
Hoje,pelas 17h, na Fundação Gulbenkian, com entrada livre, decorre a iniciativa Corações Capazes de Construir da Associação Corações Com Coroa.
A cortina abre-se para o debate O Palco aos Direitos Humanos mas também para a entrega dos prémios anuais. Através do nosso projecto Prémios Comunicação, em parceria com a Missão Continente, distinguimos, pelo rigor e sentido de responsabilidade com que abordaram as temáticas do desenvolvimento, peças jornalísticas e campanhas que promovem o conhecimento, divulgando e sensibilizando, no sentido da protecção dos direitos humanos, numa perspectiva de igualdade de oportunidades e inclusão social. Sendo que o jornalismo e a publicidade obedecem a princípios distintos, a nossa intenção é, mantendo as identidades próprias, aproximar esses dois mundos, ao serviço do bem comum.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A cortina abre-se para o debate O Palco aos Direitos Humanos mas também para a entrega dos prémios anuais. Através do nosso projecto Prémios Comunicação, em parceria com a Missão Continente, distinguimos, pelo rigor e sentido de responsabilidade com que abordaram as temáticas do desenvolvimento, peças jornalísticas e campanhas que promovem o conhecimento, divulgando e sensibilizando, no sentido da protecção dos direitos humanos, numa perspectiva de igualdade de oportunidades e inclusão social. Sendo que o jornalismo e a publicidade obedecem a princípios distintos, a nossa intenção é, mantendo as identidades próprias, aproximar esses dois mundos, ao serviço do bem comum.
Hoje temos um modelo de comunicação diferente, em rede e quem faz a rede somos nós. Muitas mensagens são alteradas porque o acesso ao “microfone” público, permitindo comentar em diferentes plataformas, faz dos espectadores, leitores e ouvintes, "fazedores de informação". A rapidez com que a informação circula, sendo uma conquista, transporta consigo novos desafios para a construção de sociedades mais informadas, saudáveis, justas, sustentáveis, igualitárias, solidárias e produtivas. Ao contrário do que seria desejável, nem sempre os conteúdos estão devidamente apoiados em estudos produzidos por entidades idóneas. Nomeadamente relatórios propondo medidas para um esforço conjunto entre decisores políticos e as diversas representações da sociedade civil, com vista ao efectivo respeito pelos direitos humanos. Seria desejável um maior investimento dos media nas temáticas do desenvolvimento de que resultasse um jornalismo mais focado no enquadramento necessário a uma mudança transformadora e menos na vítima individual (servindo os direitos humanos, muitas vezes, para explorar sentimentos, mais do que para informar). Até quando continuarão essas vítimas a ser os principais agentes mobilizadores de boas vontades, medidas políticas e recursos? Será mais fácil passar a mensagem apelando às emoções. Mas afinal qual é a mensagem que passa? Não será certamente a que provoca uma verdadeira alteração do comportamento social, a que incita à participação e a que convoca quem tem o poder de colocar as pessoas e os seus direitos no centro das decisões. Num panorama que felizmente comporta muitas excepções, esta questão continua a justificar uma séria reflexão.
“Corações Capazes de Construir - Prémio de Comunicação e Campanha” nasceu precisamente com o intuito de incentivar os orgãos de comunicação social e o mundo da publicidade a fazerem mais e melhor. Assim sendo, gostaria de ver tratadas questões que me preocupam enquanto voluntária nestas áreas, mas também como comunicadora, que passou pelo jornalismo, e actriz.
No dia de hoje, pretendemos debater o papel dos media e dos comunicadores e artistas na construção de um mundo onde ninguém seja deixado para trás.
O desafio talvez seja tentar sair dos casulos onde nos sentimos cómodos e descobrir de que forma as várias linguagens destes agentes podem mobilizar, para além das “ajudas” ou “assistências”, que, ocasionalmente surgem nas crises humanitárias ou em situações limite. Se a caridade e a solidariedade são mais facilmente entendidas e catalizadoras, não precisaremos de pensar e fazer diferente? O jornalismo, a publicidade e as artes devem servir também para responsabilizar quem promete e não cumpre os acordos e as agendas que assinamos enquanto comunidade e país e que se tornam perpétuas e inacabadas. Melhorar o futuro significa também que temos de saber mais, para que possamos ajudar na transformação. Para isso é urgente querer aprender e ensinar a ler a realidade para além do que nos é servido.
As estatísticas do nosso quotidiano precisam da vontade, do conhecimento, da ética, da coerência, da liderança política e da coragem social.
Do que tenho testemunhado em diferentes terrenos, concluo que precisamos de criar e noticiar dando a palavra e o protagonismo a jovens, raparigas e mulheres, não necessariamente vítimas. Assegurar os seus direitos humanos é também essencial para a redução da pobreza .
Estamos a 14 anos do fim da ambiciosa Agenda dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável que diz respeito a todos nós, o que significa que não podemos mesmo falhar connosco, nem com os outros.