Chegou o “Airbnb dos cães”: é o Dona Pipa

Portal português permite que os donos procurem serviços de alojamento, “pet-sitting”, passeios diários, treino, banho ou tosquias para os seus patudos. E os prestadores destas tarefas podem anunciá-las — sejam profissionais ou amantes dos animais que querem ganhar "algum dinheiro extra"

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Dona Pipa

No Verão de 2015, Tomás Monteiro e a mulher, Bianca Camerini, depararam-se com o problema que tantas famílias enfrentam: na impossibilidade de levarem a Pipa de férias com eles, onde a poderiam deixar? Viram alojamentos, hotéis, analisaram uma data de espaços e poucos lhes enchiam as medidas — os bons eram, geralmente, muito caros e não tinham o “ambiente caseiro e seguro” que procuravam.

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No Verão de 2015, Tomás Monteiro e a mulher, Bianca Camerini, depararam-se com o problema que tantas famílias enfrentam: na impossibilidade de levarem a Pipa de férias com eles, onde a poderiam deixar? Viram alojamentos, hotéis, analisaram uma data de espaços e poucos lhes enchiam as medidas — os bons eram, geralmente, muito caros e não tinham o “ambiente caseiro e seguro” que procuravam.

Acabaram por deixar a cadelinha com um casal amigo, mas a experiência, e a necessidade, aguçou-lhes o engenho. Começava assim a germinar o Dona Pipa, baptizado em nome da mascote de dois anos. Trata-se de um portal, auto-proclamado como “Airbnb dos cães”, em que os donos podem requisitar serviços de alojamento, “pet-sitting”, passeios diários, treino, banho ou tosquias para os seus patudos. E os prestadores destas tarefas podem anunciá-las.

Tal como no Airbnb “há dois tipos de clientes (uns que anunciam a casa e outros que procuram no alojamento)”, também no Dona Pipa “há quem queira oferecer-se para prestar o serviço e outros que o procuram”, explica Tomás ao P3, que criou o site com a mulher Bianca e com o programador Frederico Lima. Para ambos o registo é obrigatório. 

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Tomás e a Pipa Le Terrier Studio

O perfil dos prestadores é obviamente público. Preço, localidade e experiência são algumas das informações dadas, bem como que cães são aceites (por tamanho) e, claro, que serviços são oferecidos. Também é possível aceder à avaliação de outros clientes, a nível de tópicos como comunicação, simpatia, serviço e valor. A reserva é feita pelo site, no entanto o pagamento é tratado directamente entre os intervenientes. Há, no entanto, uma taxa de serviço para os prestadores que todos os meses recebem uma nota de pagamento no valor de 15% das reservas; se não tiverem feito serviços, nada será cobrado. “As pessoas que conseguirem mais trabalhos na plataforma vão estar mais destacadas no site”, acrescenta ainda Tomás, referindo-se ao “ranking” geral que, entre outras coisas, determina em que ordem são apresentados os anúncios. E se a taxa não for paga? O anúncio desaparece. 

Em funcionamento desde a primeira semana de Novembro, o DonaPipa recebeu até agora cerca de 70 inscrições de prestadores, sendo que, para já, grande parte dos anúncios concentram-se na zona da Grande Lisboa. O público-alvo são todos os “apaixonados por cães”, diz Tomás — outros como ele, no fundo, um professor de vela formado em marketing digital. Podem ser treinadores, profissionais ou pessoas que simplesmente gostam de passear e mimar os patudos; e, já agora, aquelas que procuram estes serviços. É também uma forma de ajudar a gerar “algum dinheiro extra”: “O benefício disto é que estamos a aumentar serviços e a expandi-los a mais gente. Vem trazer mais concorrência, é como o Airbnb e os hotéis.” O sistema de avaliação, bem como a validação prévia dos anúncios, garantem alguma “segurança”.

E o “Airbnb dos cães” poderá vir a receber outros animais? “Para já, ainda não, mas se correr bem vamos expandir para gatos e outros animais.” Fica a promessa.