É oficial: Volkswagen vai cortar 30 mil postos de trabalho até 2020
A maior parte dos cortes, dois terços, vai acontecer em fábricas alemãs.
A Volkswagen anunciou nesta sexta-feira o despedimento de 30 mil trabalhadores, em todo o mundo, 23 mil dos quais na Alemanha, no quadro de um plano de recuperação e de desenvolvimento dos veículos eléctricos.
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A Volkswagen anunciou nesta sexta-feira o despedimento de 30 mil trabalhadores, em todo o mundo, 23 mil dos quais na Alemanha, no quadro de um plano de recuperação e de desenvolvimento dos veículos eléctricos.
Herbert Diess, responsável máximo da empresa, disse nesta quinta-feira, em conferência de imprensa, em Wolfsburg, que a supressão de 23 mil postos de trabalho vai atingir as fábricas da Alemanha durante os próximos quatro anos. Os restantes sete mil trabalhadores vão ser despedidos no resto do mundo, mas os locais não foram especificados.
Segundo a Volkswagen, a medida vai conseguir uma poupança de 3,7 mil milhões de euros por ano, até 2020.
Fonte da Autoeuropa em Portugal disse à Lusa que as comissões de trabalhadores da Volkswagen a nível mundial vão reunir-se na Alemanha entre os próximos dias 5 e 8 de Dezembro. A questão dos despedimentos vai “naturalmente” ser analisada durante as reuniões dos trabalhadores que, depois, “tal como previsto”, devem reunir-se com a administração da empresa, disse a mesma fonte.
O fabricante automóvel foi afectado, há cerca de um ano, pelo escândalo da manipulação dos valores das emissões poluentes nos veículos a gasóleo, que ficou conhecido por “Dieselgate”.
A Volkswagen concordou pagar 15 mil milhões de dólares às autoridades norte-americanas e aos proprietários de cerca de meio milhão de veículos da marca, nos Estados Unidos, que não possuíam o equipamento electrónico de controlo de emissões de gases.
Em todo o mundo, foram vendidos 11 milhões de carros nas mesmas condições.