Tinder deixa o binómio homem-mulher e tenta abrir-se a todos os géneros
Pessoas transgénero estavam a ser bloqueados na app de encontros por utilizadores que as acusavam de mentir.
Todos são bem-vindos ao Tinder. É assim que a aplicação de encontros anuncia que passará a ser possível escolher um género para lá de “homem” ou “mulher”. A novidade possibilita a edição da informação que consta no perfil de cada utilizador, oferecendo-lhe mais opções. Além Os utilizadores poderão não identificar de todo o seu género ou apresentarem-se como sendo transgénero ou outro género não-binário, detalha o blogue da empresa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Todos são bem-vindos ao Tinder. É assim que a aplicação de encontros anuncia que passará a ser possível escolher um género para lá de “homem” ou “mulher”. A novidade possibilita a edição da informação que consta no perfil de cada utilizador, oferecendo-lhe mais opções. Além Os utilizadores poderão não identificar de todo o seu género ou apresentarem-se como sendo transgénero ou outro género não-binário, detalha o blogue da empresa.
“Não importa tua identidade, poderás expressar-te de forma autêntica no Tinder”, afirma a empresa que permite, através da sua aplicação, conhecer pessoas instantaneamente e criar correspondências entre utilizadores (match). “Todas as novas pessoas na tua vida fazem crescer os nossos horizontes de alguma maneira. A inclusão e aceitação conduzem esta expansão e queremos que o Tinder reflicta o mundo que nos rodeia”, continua o comunicado.
O objectivo é garantir que todos se sintam incluídos na aplicação, sem “categorizar” géneros ou impor opções e ao mesmo tempo evitar situações de transfobia, que têm sido denunciadas por vários utilizadores. “Mais ninguém será banido do Tinder por causa do género”, garante a empresa, sob a hashtag #AllTypesAllSwipes (“todos os tipos, todos os swipes”).
Os responsáveis pela aplicação identificaram situações de abuso e intimidação de utilizadores há cerca de sete meses, precisou Sean Rad, CEO do Tinder, citado pelo New York Times.
As denúncias registam duas formas de abuso: em alguns casos, os utilizadores transgénero ou de outro género não-binário foram insultados por outras pessoas com quem corresponderam (match); outros chegaram mesmo a ser bloqueados repetidamente por utilizadores que acusam os transgénero de “mentirem sobre quem são”. Quando repetidamente denunciados, os utilizadores são bloqueados e o perfil é excluído da aplicação.
A app prevê agora também uma opção dirigida aos utilizadores que não estão ainda familiarizados com a comunidade transgénero, incentivando uma conduta civilizada e assente no respeito mútuo dos utilizadores.
“Sabemos que não fomos perfeitos no passado. Se acreditares que foste removido injustamente do Tinder, porque alguém te denunciou injustamente apenas devido ao teu género, queremos convidar-te novamente para a plataforma”, escreve a empresa. Para isso, os utilizadores deverão enviar um email com uma ligação para o perfil no Facebook e a equipa do Tinder irá rever o pedido.
A empresa acrescenta que este é apenas o primeiro passo para tornar a aplicação mais inclusiva para todos os membros da comunidade. Para já a opção está disponível apenas nos EUA, Canadá e Reino Unido.
De acordo com os dados da empresa, a aplicação regista 26 milhões de combinações entre utilizadores todos os dias. Desde 2012, já foram contabilizados mais de 10 mil milhões matches em 196 países.