António Vitorino: Negociação do estatuto dos portugueses no Reino Unido “é fundamental”
Antigo comissário europeu diz que uma das “questões críticas” pós-Brexit é saber qual é o tipo de circulação de pessoas que será estabelecida
Para António Vitorino, antigo comissário europeu, o estatuto dos portugueses que vivem no Reino Unido é uma “negociação fundamental” no contexto da saída daquele país da União Europeia. Discursando na sessão de abertura do congresso da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que decorre em Ponta Delgada, o antigo comissário europeu lembrou que os portugueses que vivem e trabalham no Reino Unido “são metade dos polacos e o dobro dos espanhóis”. “O estatuto dos portugueses é uma negociação fundamental”, disse.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Para António Vitorino, antigo comissário europeu, o estatuto dos portugueses que vivem no Reino Unido é uma “negociação fundamental” no contexto da saída daquele país da União Europeia. Discursando na sessão de abertura do congresso da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que decorre em Ponta Delgada, o antigo comissário europeu lembrou que os portugueses que vivem e trabalham no Reino Unido “são metade dos polacos e o dobro dos espanhóis”. “O estatuto dos portugueses é uma negociação fundamental”, disse.
“Uma das questões críticas é saber qual é o tipo de circulação que será estabelecida: a dos trabalhadores gerais e que alimenta os fluxos turísticos. Os controlos hoje são relativamente fluídos e não antevejo que exijam matérias adicionais em matéria de liberdade de circulação”, afirmou.
António Vitorino sublinhou que o "Brexit" é “um processo irreversível”. “Temos de aceitar o princípio de que o Reino Unido será um país terceiro em relação à União Europeia”, disse, acrescentado que poderá manter uma relação comercial fora do espaço europeu “mas dentro do mercado”.
Para o antigo ministro de António Guterres, a saída do Reino Unido “é uma perda da vertente atlântica da União Europeia”, que tenderá agora a ser um projecto “mais continental”, e com a deslocação do centro europeu para leste.
António Vitorino sublinhou ainda que o "Brexit" trouxe a“perda de uma importante componente da segurança e defesa europeia”.
O PÚBLICO viajou a convite da Associação da Hotelaria de Portugal