Campanha SOS Cagarro salva 6100 aves nos Açores
A campanha SOS Cagarro deste ano, que decorreu de 15 de Outubro a 15 de Novembro, permitiu salvar cerca de 6100 aves nos Açores, valor só ultrapassado em 2013, disse o director regional dos Assuntos do Mar nesta quarta-feira.
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A campanha SOS Cagarro deste ano, que decorreu de 15 de Outubro a 15 de Novembro, permitiu salvar cerca de 6100 aves nos Açores, valor só ultrapassado em 2013, disse o director regional dos Assuntos do Mar nesta quarta-feira.
"De acordo com os dados conhecidos, até ao dia de hoje a campanha conta com mais de 6100 cagarros que foram salvos, tendo-se registado 196 cagarros mortos e 56 feridos", declarou Filipe Porteiro.
A campanha SOS Cagarro, uma iniciativa do Governo dos Açores que se realiza desde 1995, visa a conservação destas aves marinhas, assim como a promoção da participação pública em eventos de sensibilização e educação ambiental.
Segundo Filipe Porteiro foram anilhadas 1321 aves e estiveram envolvidas nesta edição 561 brigadas, que englobaram 148 parceiros e cerca de 3100 pessoas.
O responsável disse que, pela primeira vez, foram organizadas brigadas científicas, em sete das nove ilhas dos Açores, que visaram a recolha de informação sobre esta ave, em colaboração com a Universidade dos Açores, os parques naturais de ilha, organizações não governamentais e outras entidades.
"Com as brigadas científicas esperamos ter dados mais objectivos para compreender melhor a espécie e as interacções com as actividades humanas, como a iluminação pública", frisou.
Tentou dar-se à campanha de 2016 uma "dimensão de ecoturismo", uma vez que "várias entidades, como as casas rurais, podem oferecer este produto aos seus turistas".
Filipe Porteiro afirmou que esta campanha, que tem mais de 20 anos, "é a maior regional em termos de educação ambiental e de conservação da natureza", contemplando palestras e exposições onde os técnicos dos parques naturais dos Açores se deslocam às escolas e ecotecas, enquanto as crianças desenvolvem trabalhos sobre o cagarro.
O responsável explicou que os cagarros, que são resgatados de atropelamentos e ataques de gatos e cães, ou outros perigos, são anilhados e libertados, garantindo-se, assim, que possam fazer a sua primeira migração para o hemisfério Sul.