Dois guerrilheiros das FARC mortos em combate
Quatro dias depois da assinatura de um novo acordo de paz entre Governo e as FARC, dois guerrilheiros foram mortos e outro foi capturado pelas forças de segurança da Colômbia.
Dois guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) foram mortos, esta quarta-feira, em combate contra as forças de segurança do país. As mortes ocorrem quatro dias depois da assinatura de um segundo acordo de paz entre o Governo colombiano e o grupo revolucionário para colocar um ponto final no conflito que se estende há 50 anos.
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Dois guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) foram mortos, esta quarta-feira, em combate contra as forças de segurança do país. As mortes ocorrem quatro dias depois da assinatura de um segundo acordo de paz entre o Governo colombiano e o grupo revolucionário para colocar um ponto final no conflito que se estende há 50 anos.
De acordo com um comunicado do exército colombiano, citado pela AFP, um terceiro suspeito de pertencer às fileiras das FARC foi capturado no mesmo incidente, que ocorreu na província de Bolívar, no Norte da Colômbia.
Segundo o mesmo comunicado, os rebeldes estavam a “extorquir” dinheiro a agricultores. Encontravam-se 68 quilómetros para lá da zona pré-determinada pelo acordo de paz e carregavam armas. Por outro lado, Ivàn Márquez, um dos líderes das FARC, explicou que os homens estavam a deslocar-se para a área de concentração.
Humberto de la Calle, o principal negociador do lado do Governo, explicou que existe uma “discrepância nas narrativas” mas que isso é uma “lição importante: [o cessar-fogo] é frágil; não podemos adiar”.
Depois da rejeição em referendo pelos colombianos de um primeiro acordo assinado entre Governo e o grupo marxista, foi assinado outro cessar-fogo no princípio deste mês. Porém, até o novo acordo começar a produzir efeitos e se avançar para o desarmamento dos rebeldes, os militantes das FARC terão de permanecer em zonas pré-determinadas e informar o exército quando pretendem deslocar-se para além desses limites estabelecidos.
O anterior acordo, que valeu o prémio Nobel da Paz ao Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, foi chumbado nas urnas por uma maioria de 50,2% dos colombianos que participaram na consulta popular. Ambas as partes, no entanto, manifestaram o desejo de manter os esforços de paz e desde então decorrem negociações para pôr fim a um conflito que fez oficialmente 260 mil mortos, perto de sete milhões de deslocados e cerca de 45 mil desaparecidos.