Bancos dependem dos particulares
Famílias têm 140 mil milhões de euros guardados nas instituições financeiras.
Os depósitos, com destaque para os de particulares, são a principal fonte de financiamento dos bancos em Portugal, com um peso de 50% (contra a média de 38% da zona euro). Mesmo num contexto de baixas taxas de juro, as famílias têm reforçado o dinheiro que deixam no banco (incluindo contas à ordem), uma tendência que se tem mantido, pelo menos, desde 2010, enquadrada pela aversão das famílias a riscos e aposta na poupança.
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Os depósitos, com destaque para os de particulares, são a principal fonte de financiamento dos bancos em Portugal, com um peso de 50% (contra a média de 38% da zona euro). Mesmo num contexto de baixas taxas de juro, as famílias têm reforçado o dinheiro que deixam no banco (incluindo contas à ordem), uma tendência que se tem mantido, pelo menos, desde 2010, enquadrada pela aversão das famílias a riscos e aposta na poupança.
De acordo com os dados mais recentes, referentes a Setembro deste ano, no final desse mês havia 140,2 mil milhões de euros em depósitos de particulares (muito desse montante está em contas à ordem). Este valor, no entanto, já foi mais elevado. De acordo com as informações do Banco de Portugal, em Julho havia 142,8 mil milhões de euros, atingindo um pico histórico que acabou depois por encolher em cerca de dois mil milhões em Agosto.
Isto aconteceu, de acordo com o banco central, “devido à substituição de aplicações em depósitos por outros instrumentos de poupança, nomeadamente por obrigações do tesouro de rendimento variável [as OTRV, emitidas este ano pelo Estado com o apoio dos bancos] e certificados do tesouro”.
O Banco de Portugal afirma ser comum uma descida do valor destes depósitos em Agosto mas, ao mesmo tempo, destaca que a variação verificada em 2016 foi “mais expressiva do que em anos anteriores”.