A lua à ganância
Até que enfim que aparece uma notícia que não me faz sentir velho.
No PÚBLICO Teresa Serafim prometia logo: “Na próxima segunda-feira, 14 de Novembro, o céu vai estar preenchido por uma super Lua como já não acontecia há 68 anos”. Pensei: “até que enfim que aparece uma notícia que não me faz sentir velho”. Posso dizer, como toda a malta mais nova, que nunca vi uma lua tão grande. A última vez que se viu uma lua desse tamanho ainda eu não tinha nascido.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
No PÚBLICO Teresa Serafim prometia logo: “Na próxima segunda-feira, 14 de Novembro, o céu vai estar preenchido por uma super Lua como já não acontecia há 68 anos”. Pensei: “até que enfim que aparece uma notícia que não me faz sentir velho”. Posso dizer, como toda a malta mais nova, que nunca vi uma lua tão grande. A última vez que se viu uma lua desse tamanho ainda eu não tinha nascido.
A seguir veio a desilusão: a lua estará maior de manhã, à estranha hora que é 11h22m. Maior azar ainda é a lua não ter esperado pela noite, para a podermos ver como deve ser, nesta altura do ano em que os dias são estupidamente curtos.
Por muito bonito que seja o dia, é cancelado abruptamente. É perturbante sermos mergulhados na escuridão quando ainda não acabámos de lanchar. Mas em que país é que estamos, afinal? Num daqueles que nos vendem bacalhau?
Os dias estupidamente curtos só se aceitam quando são bonitos depois de uma noite violenta. Na noite de sábado para domingo choveu desabridamente. Mas quando o sol nasceu não estava frio e não havia uma única nuvem no céu.
Assim sim. O timing é sensacional. É muito conveniente. Enquanto estamos na cama a dormir o clima faz as suas necessidades e higienes para estar tudo azul e limpinho quando acordamos.
É horrível quando é ao contrário e as intempéries têm a lata de ocupar os dias já de si estupidamente curtos, preparando uma noite seca e serena entre a meia-noite e o momento exacto em que nos levantamos. Vêm aí dias desses, ainda por cima.