Porto de Faro está parado desde Junho por ter perdido o único cliente
Cimpor suspendeu produção na fábrica de Loulé e o Porto de Faro ficou sem actividade
O Porto de Faro está sem movimento de carga desde Junho devido à suspensão da actividade da fábrica da Cimpor em Loulé, que era o único cliente do porto algarvio, segundo a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT). De acordo com o relatório sobre o mercado portuário, a movimentação de mercadorias no Porto de Faro caiu 45% nos primeiros nove meses deste ano face ao período homólogo, queda que se continuará a agravar até ao final do ano.
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O Porto de Faro está sem movimento de carga desde Junho devido à suspensão da actividade da fábrica da Cimpor em Loulé, que era o único cliente do porto algarvio, segundo a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT). De acordo com o relatório sobre o mercado portuário, a movimentação de mercadorias no Porto de Faro caiu 45% nos primeiros nove meses deste ano face ao período homólogo, queda que se continuará a agravar até ao final do ano.
O Porto de Faro está sem qualquer movimento de carga pelo facto de a Cimpor, a única cliente, ter interrompido a produção na fábrica de Loulé, em resposta à contracção do mercado da construção e à suspensão da importação de clínquer e cimento por parte da Argélia, adianta a AMT.
Em 9 de Junho, a Cimpor anunciou que ia suspender, temporariamente, os contratos de parte dos trabalhadores em funções no centro de produção de Loulé, uma das três fábricas de cimento que opera em Portugal, mas garantiu a salvaguarda dos postos de trabalho, já que "o regime adoptado possibilita a salvaguarda dos postos de trabalho dos colaboradores cujo contrato será suspenso".
A cimenteira justificou esta decisão com base na redução de 50% das vendas de cimento nos últimos cinco anos, que voltou "a apresentar sinais de abrandamento neste 1.º trimestre de 2016". A empresa não revelou o número de trabalhadores afectados por este processo, mas de acordo com fonte sindical são 57 os funcionários da unidade de Loulé abrangidos pelo regime de 'lay off' (suspensão temporária do contrato de trabalho), que arrancou a 1 de Setembro e vigora por um prazo de seis meses.
Numa nota à Comissão de Trabalhadores, a Cimpor explicou que a opção pela suspensão temporária dos contratos de trabalho reduz os custos em valores que ascendem aos 795 mil euros, manifestando expectativa na retoma da exportação em 2017, "através da procura de novos mercados".