Web Summit é “uma oportunidade única para pôr o mundo cá”, diz Marcelo
No último dia do evento, o Presidente avisou que as tecnologias são apenas um instrumento para os valores e afirmou que Portugal está preparado para “embarcar no futuro”.
Três palavras disse Marcelo sobre a Web Summit: gratidão, felicidade e esperança. No último dia do evento, a primeiro de três edições em Lisboa, o Presidente da República mostrou-se grato pela escolha de Portugal – “é uma oportunidade única para pôr o mundo cá e projectar Portugal no mundo” -, feliz pelo “privilégio de Portugal acolher este fascinante evento” e com esperança de “embarcar no futuro através da nossa imaginação e sonho colectivo”.
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Três palavras disse Marcelo sobre a Web Summit: gratidão, felicidade e esperança. No último dia do evento, a primeiro de três edições em Lisboa, o Presidente da República mostrou-se grato pela escolha de Portugal – “é uma oportunidade única para pôr o mundo cá e projectar Portugal no mundo” -, feliz pelo “privilégio de Portugal acolher este fascinante evento” e com esperança de “embarcar no futuro através da nossa imaginação e sonho colectivo”.
Marcelo Rebelo de Sousa falou a poucas dezenas de participantes no palco Forum, onde agradeceu em particular aos anterior e actual ministros da Economia, Pires de Lima e Caldeira Cabral, ali presentes. Nessa curta intervenção, garantiu que “os portugueses têm a inovação no seu DNA” e que “os jovens portugueses têm o desejo de estar na linha da frente desta revolução tecnológica”.
“Este tsunami civilizacional, que onda após onda modifica a forma como nós interagimos uns com os outros, não vai parar. Mas não nos devemos esquecer que a tecnologia é apenas um instrumento para os valores e que milhões e milhões de pessoas em todo o mundo foram deixadas para trás nesta imparável revolução. Isso não é bom”, alertou.
Optimista, ainda assim, considerou que “o tempo está do nosso lado para criar liberdade, bem-estar social e justiça e impedindo ataques nostálgicos de tentativas de regressar ao passado”. Uma referência genérica que pode encaixar-se nos últimos acontecimentos políticos mundiais, em particular a eleição de Donald Trump nos EUA.
Pelo lado nacional, não há nada a temer, afirmou: “Portugal tem sido a nossa casa mas o mundo é o nosso território”, enfatizou, recordando os descobrimentos como um feito tecnológico que “fez o mundo mais pequeno e mais ligado”. Por tudo isso, acrescentou: "Estamos preparados para entrar nos territórios tecnológicos convosco."
Daire Hickey, co-fundador desta conferência tecnológica que acompanhou o chefe de Estado durante a visita, também estava satisfeito: “O tempo tem estado maravilhoso, as pessoas são maravilhosas e o evento tem estado a correr muito melhor do que alguma vez imaginámos”, disse.
Acompanhado pelo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e pelo secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, Marcelo seguiu em passo acelerado em direcção à FIL, onde decorria a mostra de empresas e ideias tecnológicas. Num percurso entre startups portuguesas, saltou de um balcão para outro – viu e ouviu explicações sobre aplicações para mobilidade urbana partilhada, para fazer escolhas sustentáveis, para melhor conhecer os monumentos, para fazer cidades inteligentes e até para conhecer os vinhos portugueses.
Espantados com a confusão que a comitiva que Marcelo arrastava, muitos participantes estrangeiros queriam saber quem era e alguns atreveram-se mesmo a tentar arrastá-lo para os seus balcões – sem sucesso. Um participante Sikh foi afastado pela segurança, outro do Cazaquistão conseguiu uma selfie com ele.
Feliz, o Presidente distribuiu sorrisos e “adeus” perante os olhares divertidos e sorridentes dos participantes, que retribuiam as simpatias. Para o ano, Marcelo promete voltar com mais tempo.