Rota turística com 200 quilómetros une Douro Internacional e Douro Vinhateiro
Associação de Municípios do Douro Superior está a criar a Grande Rota, contando, na primeira fase, com um investimento de 350 mil euros
A área protegida do Douro Internacional e o Douro Vinhateiro vão ficar "unidos" através de uma rota turística com cerca de 200 quilómetros de extensão, num corredor "verde" ligando cinco municípios transmontanos ribeirinhos do Douro.
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A área protegida do Douro Internacional e o Douro Vinhateiro vão ficar "unidos" através de uma rota turística com cerca de 200 quilómetros de extensão, num corredor "verde" ligando cinco municípios transmontanos ribeirinhos do Douro.
Em declarações à Lusa, esta quinta-feira, o presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, disse que é "importante" criar "pontes" entre o Parque Natural do Douro Internacional e o Alto Douro Vinhateiro, enquadrando nesse âmbito o projecto designado Grande Rota. "A ideia passa por levar a cabo projectos de cooperação intermunicipal, através de uma rota turística e cultural que vai abranger uma extensão de 200 quilómetros ao longo do território de cinco concelhos, ficando a figurar como umas das maiores rotas turísticas em Portugal", disse o autarca que integra a Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS), entidade a quem cabe a gestão do projecto.
Além de Miranda do Douro, a AMDS integra os concelhos de Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa. A candidatura a fundos comunitários para a execução do projecto foi aprovada, estando orçada, nesta primeira fase, em 350 mil euros.
Na opinião dos promotores da Grande Rota, este poderá ser o primeiro de uma série de projectos ligados ao património material e imaterial. "Será de todo importante criar projectos estruturantes para o território do Douro Internacional ao nível cultural, ambiental, desportivo ou gastronómico, criando, assim, uma maior união entre municípios transmontanos ribeirinhos do Douro", frisou.
A generalidade dos percursos pedestres insere-se em espaços de "elevado" valor patrimonial, histórico, cultural, e paisagístico, que potenciem o turismo e economia dos concelhos abrangidos e que contribuam para "a saúde e bem-estar dos seus utilizadores". "Integrado numa estratégia de desenvolvimento turístico regional, aliado ao elevado potencial da região, este projecto de implementação da Grande Rota, levado a cabo pela AMDS, tem como objectivo dotar o território com uma infra-estrutura de elevado interesse turístico, funcionando como um projecto âncora", enfatiza o autarca.
Para os responsáveis dos cinco municípios do Douro Superior, pretende-se, igualmente, dar um contributo para que o Parque Natural do Douro Internacional e o Alto Douro Vinhateiro se afirmem cada vez mais como "um destino turístico de excelência", no âmbito do Turismo de Natureza.
Seguindo o sentido norte-sul, nos três primeiros concelhos desta Grande Rota (Miranda do Douro, Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta), o visitante terá a oportunidade de desfrutar das imponentes paisagens planálticas, a uma altitude média que ronda os 700 metros, onde subitamente se encontra o rio Douro, encaixado em granitos sobranceiro a escarpas com mais de 150 metros de altura.
Nos concelhos mais a sul, como Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa, o visitante terá a oportunidade de desfrutar de tranquilas e imponentes paisagens onde termina o Douro Internacional e começa o Alto Douro Vinhateiro.
Nos territórios abrangidos por esta Grande Rota, habitam espécies únicas (animais e vegetais), algumas delas em vias de extinção, que importa preservar a todo o custo.